A polémica relacionada com as ofertas a clientes ou prescritores é muito antiga. Em vários sectores de actividade. Naturalmente, que os mais polémicos são os que geram maior volume de negócio. Os sectores farmacêutico e de equipamento médico têm gerado polémica por estarem muitas vezes ligados a formas mais ou menos inadequadas de "incentivos à compra", para não lhe chamar outra coisa.
Nos EUA, o Congresso prepara-se para mudar a legislação por proposta da própria comunidade médica. Vejamos:
- the nation’s most influential medical advisory group said doctors should stop taking much of the money, gifts and free drug samples they routinely accept from drug and device companies.
- “It is time for medical schools to end a number of long-accepted relationships and practices that create conflicts of interest, threaten the integrity of their missions and their reputations, and put public trust in jeopardy,”
- The report calls on Congress to pass legislation that would require drug and device makers to publicly disclose all payments made to doctors.
Ora bem, o combate às más práticas deve partir daqueles que têm uma visão ética e de princípios da vida. E claro, o poder político deve apoiar e liderar este tipo de iniciativas.
E por cá? Espera-se que as Faculdades de Medicina ou a Ordem dos Médicos venham a solicitar ao Parlamento alguma iniciativa que limite ou impeça a oferta de bens por parte das farmacêuticas ou das empresas de equipamentos médicos aos médicos? Seria bom, que assim acontecesse.