Perante esta sugestão: O fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Arnaut, defende a criação de um imposto especial, aplicado a rendimentos a partir de determinado montante, para garantir o financiamento do sistema, caso seja «absolutamente necessário». Nós respondemos, sem tibiezas ou complacência: NÃO.
Bem sabemos, que António Arnaut, referiu isto: o modelo de financiamento do SNS só deve incluir um imposto especial depois de esgotados todos os mecanismos de redução da despesa supérflua. Mas, esta conversa fiada sobra sempre para quem trabalha e ganha dinheiro. Pois que, os mais ricos têm os seus rendimentos em zonas off-shore, para além de outros que mascaram sistemáticamente os seus rendimentos, através de esquemas de fuga ao fisco, como sejam a sub-facturação ou a simples "não-facturação".
Este caminho sugerido por António Arnaut, não nos surpreende nada, mesmo nada. Estamos à espera dele há já muito tempo. Contudo, deveremos lutar para que sejam os lobbies que envolvem o SNS a verem limitados nos seus ganhos (indústria e retalho farmacêutico, élites públicas do SNS, corporações médica e de enfermagem, entre outros). Ou em alternativa, a universalidade do SNS está condenada. Isto é, acabou!