Temos escrito por aqui, que o SNS e os Hospitais por si geridos, demonstram "a olho nu" muitas incongruências, ou se quiserem, muita criatividade. Entretanto, lá se vai tocando na "ferida", de vez em quando: A Inspecção-Geral de Finanças (IGF) detectou divergências entre as compras e as vendas declaradas pelos hospitais e os respectivos fornecedores no valor de 283,2 milhões de euros, de acordo com um relatório do Ministério das Finanças.
283,2 milhões de euros? Como é possível haver uma divergência tão grande? Bem sabemos que o orçamento do SNS é também muito grande, mas 283,2 milhões de euros, dá para fazer muita coisa.
O pior é que mesmo nesta notícia corriqueira se detecta que há algo mais do que meras incongruências ou divergências, pois se não vejamos: Foram ainda encontradas nas investigações junto dos hospitais «compras de 22,2 milhões de euros, efectuadas por hospitais a fornecedores cessados em sede fiscal», ou seja, a empresas que fiscalmente não existem.
Ou seja, entidades públicas estão a pagar serviços/produtos a entidades "fantasmas". E o contribuinte também pode passar a "fantasma"? Mesmo com a crise internacional, pensamos que o Estado português tem recursos a mais, ao contrário do que por aí se diz.