O aumento do investimento privado no sector clínico tem espantado muita gente. A nós também. Achamos que a capacidade instalada é demasiado grande, a não ser que o Estado desinvista e afugente os cidadãos.
- As clínicas privadas portuguesas registaram no ano passado um aumento de 8% na facturação, que atingiu 690 milhões de euros.
- a estrutura da oferta apresenta uma concentração de 80% de quota de mercado nos cinco maiores operadores de saúde, nomeadamente José de Mello Saúde, Espírito Santo Saúde, HPP – Hospitais Privados de Portugal (do grupo Caixa Geral de Depósitos), Grupo Português de Saúde e Clisa.
- A oferta apresenta também uma forte concentração em torno dos grandes grupos seguradores. Neste mercado a quota conjunta das cinco primeiras empresas – Fidelidade Mundial, Ocidental, Império Bonança, Victoria e Allianz – elevou-se em 2007 a 74%”.
Ou seja, o aumento da oferta de serviços hospitalares parece estar associado à concentração na oferta de seguros. Repare-se que a Caixa Geral de Depósitos é o maior grupo segurador em Portugal e um dos maiores operadores hospitalares do país.
Será que o SNS vai aguentar este nível de investimento privado, sobretudo na inovação tecnológica? Esperemos pelos próximos tempos, sobretudo no que se refere ao Orçamento de Estado de 2009.