A propósito do lançamento de um novo livro intitulado "Análise da Mortalidade e dos Internamentos Hospitalares por Concelhos de Portugal Continental (2000-2004)", Correia de Campos voltou à ribalta. E voltou para dizer coisas que deveriam envergonhar quem já foi Ministro, Secretário de Estado e é Professor Catedrático, como sejam: António Correia de Campos defendeu hoje melhorias nos preenchimentos de certificados de óbito para diminuir identificações erradas de causas e melhorar estudos estatísticos.
Fartinhos de saber que não há rigor nenhum na codificação dos mortos em Portugal, estamos nós há muito tempo. Agora, o que é para nós surpreendente é que quem desempenhou vários tipos de funções no sector da saúde, e quase sempre de alto nível, vem hoje sugerir a melhoria nos processos dos registos de óbito. E o que fez o Professor Correia de Campos durante todas as suas altas funções no sector da saúde?
Mas, há mais "pérolas" do Professor Correia Campos:
- o antigo ministro fez uma contagem dos concelhos que mais frequentemente surgiram devido a elevados valores de mortalidade, notando que o Alvito surge 11 vezes, Aljezur cinco e com quatro menções aparecem Murtosa, Vila Nova de Poiares, Penafiel e Monção.
- "À primeira vista parece não haver nada de conclusivo, não se sabe se é a população envelhecida, mas Penafiel talvez seja dos concelhos com mais jovens", referiu Correia de Campos, enumerando ainda como possíveis explicações "situações de falta de assistência ou factores de risco".
Brilhante. Fazem-se novos livros que não levam a conclusão alguma!
O pior é que os Ministros mudam e a situação continua, e uma das razões fundamentais é porque não há rigor em detalhes simples, como seja a codificação adequada dos óbitos que podem levar à futura leitura estatística adequada, que pode conduzir à melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Melhores dias virão!