Será isto risível: O semanário “Sol” avança hoje que o hospital realizou cirurgias plásticas em funcionárias da unidade, na sua maioria para reduzir ou aumentar o peito, e que algumas dessas mulheres estavam inscritas na lista de espera como os restantes doentes ou eram operadas quando faltava um doente para outra operação qualquer?
O SNS é suportado pelos impostos dos portugueses. Como tal, deve ter regras rígidas, sob pena de causar inequidade. As listas de espera persistem. Muitos portugueses buscam no estrangeiro, soluções para cirurgias que não encontram em Portugal. E no Hospital de São João, as funcionárias melhoram a sua riqueza estética, apenas pelo facto de serem funcionárias?
E ainda temos que ouvir este tipo de dislate: o director do serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva do São João, José Amarante, defendeu que “é natural que haja funcionárias ou familiares de funcionários” a fazer a operação, argumentando que aquele hospital é o único da região norte com este serviço.
Como? E os recursos do referido Hospital não poderiam ser reorientados para outras valências, como aquela em que encaminham velhos portugueses para uma mera operação às cataratas em Cuba?
De facto, os recursos não são escassos nos hospitais portugueses! Esperemos que melhores dias venham.