Sem medicamentos não há saúde. Podem existir grandes e bons hospitais, excelentes médicos e enfermeiros. Mas, não é possível haver saúde, se não existirem medicamentos. Como o "bolo" é grande e insubstituível, move naturalmente muitas lutas. Vejamos algumas:
- O presidente do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), Vasco Maria, reconheceu ontem que a descida em seis por cento do preço dos medicamentos decretada pelo Ministério da Saúde no início do ano passado praticamente não favoreceu os doentes, mas apenas o Estado.
- "A redução das comparticipações de medicamentos em 2007 significou um aumento em 26,1 milhões de euros da despesa dos cidadãos", disse o presidente do Infarmed.
- Hoje, numa audição parlamentar que durou três horas, o presidente do Infarmed, Vasco Maria, sublinhou que há um conjunto de questões técnicas que se levantam sobre a «dose individualizada», ligadas por exemplo à contrafacção, e sublinhou que nenhum estudo sustenta que passem a existir «enormes poupanças» para os utentes ou que se acabe com o desperdício.
Ainda outra:
- Cerca de 1.500 medicamentos homeopáticos vão integrar a lista dos medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) e poderão ser adquiridos nas farmácias ou nos postos de venda livre, anunciou hoje o presidente do Infarmed.
Para aqueles que ainda pensam que é possível existir um SNS, tendencialmente gratuito, fica aqui a imagem tendencialmente futura do SNS: coitado de quem não tiver dinheiro para pagar a saúde.
A realidade é dura!