Todos sabemos que a ciência e a tecnologia têm contribuido para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. No entanto, para que a vida seja melhor para a maioria, houve muita gente que sofreu com as experiências iniciais.
Onde queremos chegar? Aqui: O DIAP do Porto está a investigar a morte de três doentes durante um ensaio clínico no Hospital de S.João, Porto, depois de o Ministério Público ter deduzido acusação contra um médico devido a um quarto óbito.
Ou seja, parece que houve mortes causadas por medicamentos em fase de experiência. Estas situações não são tão anormais, quanto parecem. Pois, muitos dos doentes que experimentam novas tecnologias médicas ou farmacológicas, estão muitas vezes condenados a uma vida curta ou a uma vida difícil.
Contudo, há situações mais complexas que importa salvaguardar. Vejamos mais detalhes:
- «Além da morte da minha mãe, participei ao Ministério Público, à Inspecção-Geral de Saúde e à Comissão de Ética do Hospital S.João, no Porto, a morte de mais três pessoas que participaram no ensaio clínico do medicamento «Humira», realizado em 2003», disse à Lusa o filho da vítima, Fernando Moreira.
- Durante a investigação à morte de Felícia Moreira, o DIAP constituiu arguidas cinco pessoas: o médico em causa, dois responsáveis pelo laboratório Abbott e duas clínicas do Hospital S. João.
Mas, é necessário reflectir sobre isto: «O laboratório não tem dúvidas de que o remédio 'Humira' foi o responsável pela morte da minha mãe porque, pouco tempo depois de ter pedido esclarecimentos à Alemanha (onde está sedeada a farmacêutica), a empresa quis pagar uma indemnização de um milhão de dólares para que o processo não avançasse», disse o filho de Felícia Moreira.