Acolhemos com agrado a venda de medicamentos na Internet. É uma boa medida. Mas, é preciso saber como funciona a Internet e como é que as pessoas interagem com a mesma.
Vejamos como é que o Ministério da Saúde quer pôr à venda os medicamentos através da Internet, conforme aqui se refere:
- A partir de quarta-feira, os portugueses já podem encomendar medicamentos pela Internet, telefone ou fax junto das farmácias e locais de venda de fármacos não sujeitos a receita médica para entrega no domicílio.
- No caso da entrega dos medicamentos ao domicílio pela Internet, as farmácias e outros locais de venda têm de criar uma página on-line onde devem constar as seguintes informações: preço do serviço, formas de pagamento, cobertura geográfica da prestação do serviço e tempo provável de entrega.
- Este serviço fica limitado ao município onde está instalada a farmácia e aos concelhos limítrofes.
Como? A Internet fica limitada ao concelho? Será que os Responsáveis do Ministério da saúde conhecem o funcionamento na Internet? Será que os Responsáveis do Ministério da Saúde não recebem "spam", diáriamente, com propostas de venda de "viagra" ou de "cialis"? Será que estas propostas de venda destes medicamentos vêm do concelho mais próximo?
Ou qual é a vantagem de adquirir, através da Internet, "aspirinas", em vez de se ir à farmácia mais próxima? Ou até mesmo à bomba de gasolina ou ao supermercado?
Parece-nos que esta medida serve apenas para dizer que Portugal é um país moderno, que até vende medicamentos através da Internet!