Thursday, August 23, 2007

O reforço do sector privado da saúde

O Ministério da Saúde, através da Unidade de Missão dos Cuidados Primários vem anunciar a possível e próxima privatização de Centros de Saúde. Não sabemos se é bom ou se é mau. Sabemos, sim, que continuam a existir Centros de Saúde inseridos em prédios de habitação, e com escadas ingremes e sem elevadores.

Seria melhor começar por tratar do que existe de mau e que tem que ser melhorado, do que passar a vida a mudar a "táctica".

Mas, vejamos a notícia:
  • Centros de saúde geridos por entidades privadas, sociais ou por cooperativas de médicos poderão avançar no próximo ano.
  • O coordenador da Missão para a Reforma dos Cuidados Primários (MRCP), Luís Pisco, afirma que estas USF têm como objectivo colmatar a falta de médicos de família nos locais em que estes são em número insuficiente para as necessidades.
  • Luís Pisco garante que estas unidades serão em "número residual" e não vão entrar em concorrência directa com o SNS.
  • Várias entidades já se mostrarem interessadas em avançar. Misericórdias, grupos de médicos e algumas clínicas, refere o responsável. Mas a lei permitirá também às autarquias gerirem USF. De fora deste sector deverão ficar os grandes grupos de saúde. "É um pequeno negócio", diz Luís Pisco.

Só não percebemos porquê, que se teme sempre a concorrência. Que mal haveria se as novas opções viessem a concorrer com o que existe? Até pensamos que falta concorrência, em Portugal, e não só na saúde!