Temos acompanhado grande parte das transformações na saúde em Portugal. O Professor Correia de Campos pode não ir no caminho certo, mas mexe e mexe muito. Se não, vejamos:
- Conforme aqui, "Processo do Hospital Central do Algarve avança em 2007. A parceira público-privada que vai permitir a construção do Hospital Central do Algarve vai ser assinada em 2007". Mas, há sempre um "mas", o Professor Correia de Campos falha rotundamente quando afirma isto, no mesmo sítio, "Correia de Campos disse, naquele momento, «não estar disponível para assumir o compromisso» sobre o período em que os seis hospitais serão lançados e ou executados, uma vez que «não domino todas as variáveis do problema». Se o Professor Correia de Campos não domina, quem dominará? Afinal, não é ele Ministro da Saúde?
- Num outro ponto, afirma-se "O ministro da Saúde vai criar um fundo público até ao final de 2006 para pagar às farmácias «a tempo e horas»". Todos nós sabemos, que se há entidade que não cumpre prazos de pagamento, é o Estado (veja-se o caso dos pagamentos aos laboratórios farmacêuticos, com prazos de pagamento até três anos). Inacreditavelmente, a finalidade da criação de tal fundo é esta "faz com que o ministro consiga «retirar poder negocial à Associação Nacional de Farmácias»". Enfrentar lobbies, sim. Fazer da luta contra um único lobby (e na saúde, há tantos), objectivo fundamental de política, é pobre.
- Aqui vemos avanços, "Coimbra: Hospital Pediátrico com urgências em telemedicina". E com mais detalhe, "Sete hospitais da região centro e um do norte vão passar a ter urgências em cardiologia pediátrica e fetal em regime de telemedicina, ligado ao Hospital Pediátrico de Coimbra, de acordo com os protocolos hoje celebrados". Parabéns, aos autores.