Lemos aqui algo que denota que a organização e a gestão ainda pouco existem na saúde, em Portugal: "Ministro desiste de penalizar falsas urgências e avança com um aumento de 23 por cento para todos". Isto significa abandonar toda a função de gestão dos meios: pagam todos, ponto final. Todos sabemos que muita gente vai à urgência de um hospital, porque lhe dói um dente, ou porque tem uma simples constipação. Esta situação é desajustada. O Senhor Professor Correia de Campos é provavelmente o primeiro a sabê-lo. Mas, quando se abandona a função fundamental de "informar o público" e "formar as populações", para que elas se dirijam aos Centros de saúde e a outros Centros de cuidados primários, em vez de se dirigirem directamente à urgência do hospital, está-se a abandonar a função de organização e gestão. Parece-nos que para o Professor Correia de Campos é muito máis fácil que todos paguem, do que educar e formar as populações. Registamos este acto de administração!