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Ás vezes, pequenos detalhes, ou pequenos equipamentos, ajudam a uma melhoria da nossa qualidade de vida. Vejam ao lado, uma bateria de lítio (do tamanho de uma moeda de 1 euro) que alimenta um desfibrilhador, ao lado na imagem. A empresa das baterias é a Saft.
Temos falado em "bombas-relógio" na saúde. Hoje lemos no site da Comissão Europeia, um relatório sobre vários indicadores de qualidade na saúde dos Europeus. Nesse relatório, referem-se, entre outros, a percentagem de pessoas com mais de 65 anos, no total da população, e verificamos estes dados:
Média da UE-25 (1993): 15,0% da população tem mais de 65 anos.
Portugal (1993): 14,2% da população tem mais de 65 anos.
Média da UE-25 (2004): 17,0% da população tem mais de 65 anos.
Portugal (2004): 16,8% da população tem mais de 65 anos.
Ou seja, estamos mais próximos da média europeia. Mas, quem irá pagar a "factura" da saúde e, já agora, da segurança social, deste "monstro semi-adormecido"? Precisa-se de criatividade!
Lemos aqui, que "morrem diariamente quatro a cinco mulheres vítimas de cancro da mama". É uma epidemia, sem dúvida. Afirma mesmo o Dr. Mário Bernardo da Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC), que "Todos os dias são detectados 13 novos casos de cancro da mama". E conclui, o mesmo Especialista "Nós estamos perante uma epidemia, um problema da sociedade". Mas, mais grave, não é uma doença que vem com a idade, pois "Não há mês nenhum que não tenha raparigas de vinte e poucos anos com cancros da mama". Mas a LPCC fez maravilhas, "realizou mais de 800 mil mamografias em todo o país, efectuando actualmente cerca de 130 mil exames por ano". O Dr. Mário Bernardo conclui, "há 20, 25 anos não se falava em cura", e "o rastreio permite reduzir a mortalidade por cancro em 30%". Mais vale prevenir (fazendo o rastreio), do que remediar!
Hoje o Professor Correia de Campos foi notícia. Ficamos tristes quando o "personagem" é notícia, e a "história" parece secundária! O SNS, tal como todos os sectores da saúde no mundo inteiro (e em particular, no mundo mais desenvolvido), estão perante duas bombas - relógio: o envelhecimento da população e os custos das novas tecnologias médicas e dos medicamentos. Hoje lemos aqui, que "Correia de Campos admitiu a possibilidade de um novo modelo de financiamento para o sector, a pagar parcialmente pelo utente, caso a despesa não seja controlada em breve". E ficámos incrédulos! Será que estávamos (estamos) perante um cenário de mudança de Constituição da República? E na mesma notícia, o "pai" do SNS diz isto "António Arnaut, que acusou o ministro de «ofender a constituição»". Depois o Professor Correia de Campos parece glosar quando diz "«não tinham mais factos e pegaram em declarações retiradas de um contexto»". Pensamos que a Saúde é demasiado séria, para se brincar.
Continuando a mostrar novos equipamentos médicos (se calhar já com algum tempo no mercado). Fica um Electrocardiógrafo - móvel, da empresa delmar Reynolds.
O sector da saúde, o mais importante do mundo, já hoje, está em profunda transformação. Segundo se lê aqui, "The near future of the NHS is one of considerable change, owing to an ageing population, a lack of qualified staff and increasingly better informed consumers", para se concluir "Major restructuring of the NHS is inevitable, moving funding away from acute to primary and community care". Se isto se passa no Serviço Nacional de Saúde, Britânico, o que não se passará por cá, no referido SNS. Ainda no mesmo sítio, se conta como começou o processo de mudança, "about the implementation of email at the hospital—at first to about 12 staff. It was received with scepticism, though the Trust secretaries found it a great way to mail papers to all of the executive at once.". Concluimos nós, há muito por fazer, por cá.
A criatividade e a inovação não param. Começamos hoje, com algumas idéias de novas soluções, desta vez de uma empresa chamada Tess. São simulacros de paisagens que tentam distrair o doente, enquanto faz um exame.
Lemos na Sic, que "Despesas com saúde vão duplicar até 2050". Nem queríamos acreditar. Mas afinal quem o afirma é a prestigiada OCDE. Assim, num estudo da OCDE, diz-se isto "Public spending on health and long-term care in OECD countries will double by 2050, if present trends continue, reaching an average level equivalent to nearly 13% of GDP compared with 6.7% today". E segundo o referido estudo, "Advances in medical technology and rapid increases on health services are the main causes", ainda que "Even where new technology brings down the cost of a treatment, public spending may rise as demand for the treatment increases". Ou seja, estamos num beco sem saída. Ou pior, vamos ficando mais velhos e com menos capacidade para sustentar a nossa qualidade de vida.
Conforme nos informa o New York Times, pela primeira vez em 70 anos, o número de pessoas que morreram de cancro nos E.U.A. foi menor em 2003, do que em 2002. Entre os dois anos, morreram menos 369 pessoas em 2003. Mesmo assim, morreram de cancro nos E.U.A. 556.902 pessoas, em 2003.
Apesar da percentagem que morre de cancro em relação ao total da população ter vindo a decrescer, ao longo de vários anos, foi a primeira vez que o número de mortos por cancro baixou em valores absolutos.
Diz ainda o referido jornal, "Much of the decrease is because of a decline in smoking and improved detection and treatment of breast, colorectal and prostate cancers, according to the society (American Cancer Society)". Ou seja, a prevenção continua a contribuir para uma melhor qualidade de vida.
A Newsweek devota um número especial ao futuro da medicina. A certa altura pode ler-se, "Some 15 percent of the U.S. economy is now devoted to medical care, up from 10 percent in 1987". Ou seja, a saúde é a indústria mais importante do mundo, mesmo na maior economia do mundo. Contudo, este mesmo país, apresenta demasiadas fragilidades para um país que investe tanto dinheiro em saúde, quando se refere "America has built the world's highest-tech medical system, yet the nation ranks 46th in life expectancy (behind Japan, Singapore, Canada and virtually all of Europe and Scandinavia)". Mas conclui que, "Even as scientists explore the frontiers of biomedicine, they keep confirming the truism that health is easier to preserve than it is to repair". Ou seja, a tecnologia é importante, mas a prevenção continua a ser a melhor defesa.
Lemos aqui, que "A Direcção Geral de Saúde (DGS) autorizou a instalação de uma unidade de radioterapia, em Aveiro, pela Maio Clinic – Especialidades Clínicas Lda., quando esta empresa ainda não estava legalmente constituída". Estranho, no mínimo. Depois, ainda na mesma notícia, que "Datada de 29 de Junho de 2005, a autorização assinada ..........surge cerca de dois meses e meio antes dessa mesma firma ter sido oficialmente constituída por escritura na Conservatória do Registo Comercial do Montijo, conforme está publicado em Diário da República, a 20 de Janeiro de 2006". Finalmente, parece que, "A Maio Clinic é representada por um dos filhos do então director-geral da Saúde, José Pereira Miguel". Atenção não confundir a referida empresa com esta outra: Mayo Clinic. Cuidado com as imitações!
O homem tem cumprido muitos desafios. Hoje, segundo a BBC, ficamos maravilhados com mais uma conquista: a Sra. Isabelle Dinoire, francesa, de 38 anos, ganhou novo alento para poder viver, depois de ter sido vítima de um cão (labrador), e de ter sido objecto de uma cirurgia plástica complexa. De referir também, o dador, que estava em situação de morte cerebral, e que permitiu que a Sra. Dinoire consiga encarar-se melhor. No entanto, ainda pode correr riscos elevados, resultantes da própria cirurgia vir a confirmar-se mal sucedida. Mas, tenhamos esperança.
Lemos aqui, que os médicos não deverão estar envolvidos na implementação das tecnologias de informação (TI). Mas, nesse mesmo sítio, refere-se que "They are interested in what an Electronic Patient Record can do for them and their patients". Não sabemos se o que se pretende dizer é que os médicos deverão estar envolvidos na implementação de novas TI's, mas não deverão ser eles a decidir. Será assim? Entretanto verificamos aqui, que a GE Healthcare, que é um dos maiores produtores mundiais de equipamentos médicos, criou um sistema que "Centricity™ Solutions are a part of GE's integrated approach to optimizing workflow throughout the healthcare enterprise. Our suite of radiology, cardiology, and clinical information solutions is a complete package of workflow automation, clinical documentation, decision support, and quality assurance tools." Sem qualquer intuito publicitário à empresa, desejávamos ver soluções deste tipo implementadas nos nossos hospitais, públicos ou privados, com ou sem fins lucrativos.
Apesar do infortúnio, lemos com satisfação, que a família de uma criança que nasceu no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, e cujo parto foi objecto de "uma alegada negligência médica de um obstetra e um pediatra do Hospital de Setúbal", conforme nos diz a Sic, vai passar a ser indemnizada pelo referido Hospital, por um valor que compense a família, pelos gastos que tem com a saúde da criança. Apenas 550 euros, por mês! De facto, a justiça portuguesa ainda tem pouco respeito pela vida humana. Mas, pode ser um princípio!
Tivemos há pouco tempo uma campanha publicitária sobre "o que não se vê, não cheira, mas mata", isto é aquilo que sai, por exemplo, dos escapes dos automóveis. Diz-nos aqui o Minneapolis Heart Institute Foundation, que mesmo aqueles que sobrevivem a intoxicações motivadas pelo monóxido de carbono, que agora no inverno, está presente em casa, em lareiras ou fornalhas, podem mais tarde vir a morrer na mesma, motivados pelo dito monóxido de carbono. Assim, "The Minneapolis Heart Institute Foundation said a look at 230 patients treated for moderate to severe poisoning from the colorless, odorless gas found that 37 percent suffered heart muscle injury". Ou seja, é preciso ter cuidado com o que se respira, porque se pode vir a morrer mais tarde ou mais cedo.
Ás vezes, pequenos detalhes, ou pequenos equipamentos, ajudam a uma melhoria da nossa qualidade de vida. Vejam ao lado, uma bateria de lítio (do tamanho de uma moeda de 1 euro) que alimenta um desfibrilhador, ao lado na imagem. A empresa das baterias é a Saft.
