Tuesday, May 20, 2014

A rolha

Nem a palavra vai ser disponível. O Estado, falido que está, não serve os cidadãos, antes se serve deles. Agora, até quer começar a condicionar a palavra dos seus funcionáriosHá um mal-estar generalizado entre a classe médica e o Ministério da Saúde devido ao Código de Ética que está a ser redigido pela tutela. O documento prevê que os profissionais guardem "sigilo absoluto" sobre toda a informação que possa afectar ou colocar em causa a imagem da instituição onde trabalham.

Logo os Senhores doutores que habituados estão a pertencerem à elite dirigente.

Habituem-se!

Sunday, May 11, 2014

Sem vergonha

Vivemos num mundo diversificado. Há quem ganhe muito na vida. Há quem passe a vida sem ganhar muito. Contudo, existem sempre aqueles que pensam que são predestinados, como estes: De negócio rico, as farmácias passaram, em poucos anos (menos de uma década), a negócio remediado. Se há alguns anos se falava em trespasses milionários, da ordem dos quatro a cinco milhões de euros, agora há farmácias à venda que ficam sem comprador e a situação financeira de muitas está, garante a ANF, periclitante. 

E então? As mercearias de bairro e muitos restaurantes foram durante décadas, bons negócios e deram suporte a negócios familiares relevantes, como é o caso da Jerónimo Martins (ter-se-á iniciado como mercearia). Hoje, as mercearias não representam sequer 25% do número das que existiam há 30 anos. Ninguém quer ser merceeiro, no século XXI.

Se formos falar do consultório médico, a situação é a mesma. Há 30 anos, era vulgar encontrarem-se consultórios médicos, onde vários médicos fizeram fortuna. Hoje, ter um consultório médico aberto é quase sinónimo de "moscas"! As clínicas e os "centros comerciais de saúde" absorvem tudo.

O que é caricato na choraminguice dos farmacêuticos é isto: A Farmácia Teixeira, na Baixa da Banheira, Moita, era um bom negócio. Tão bom que, há alguns anos, chegaram a oferecer-lhe três milhões de euros pelo alvará. Agora, Manuela acabou por fazer a transacção por 850 mil euros. “Não foi mal vendida”, admite, satisfeita porque a Teixeira passou para as mãos de uma jovem farmacêutica.

Esta Dra. Teixeira ainda não percebeu que está a gozar com a generalidade da actividade comercial portuguesa. Pois considerar que vender um alvará de farmácia por 850 mil euros é coisa pouca, pode até ser aviltante.

Num momento de falência da nação, associada à falência de muitas empresas e famílias, esta gentalha das farmácias parece gozar com o destino alheio, sobretudo quando beneficiam de um monopólio que lhes é atribuído por Lei, a venda de medicamentos com prescrição.



Sunday, May 04, 2014