É habitual, com um intervalo de alguns meses, aparecer este tipo de notícia: Seis médicos e dois farmacêuticos detidos por suspeitas de envolvimento em fraude na Saúde.
O que temos de novo? Nada. Este tipo de acção tem dois objectivos: 1) mostrar aos cidadãos rapinados por um Estado devorador, que afinal há Justiça; 2) assustar os restante vigaristas.
De resto, esta gente está bem escudada nos melhores escritórios de advogados do país, logo serão apenas incomodados: "A investigação prossegue no sentido de determinar todas as condutas criminosas e o seu alcance, bem como apurar o total do prejuízo causado ao Estado Português através de comparticipações obtidas fraudulentamente do SNS".
Para aumentar o estado comatoso do Portugal surreal, assistimos a uma polícia a trabalhar aos bochechos: Devido à greve dos inspectores da PJ às prevenções e às horas extraordinárias, as buscas só arrancaram a partir das 9h, o que implicou localizar e perseguir alguns dos visados pelos mandados de busca. Um transtorno para os investigadores que obrigou, por exemplo, perseguir um suspeito que se encontrava na região do Grande Porto até Felgueiras. Habitualmente as operações começam perto das 7h, quando os suspeitos ainda se encontram nas respectivas habitações.
Triste.
Triste.