Enquanto Angola gosta de alardear o seu potencial económico, sobretudo assente no facto de ser o segundo maior produtor de petróleo de África, existe um lado sinistro ocultado pelo boom petrolífero: Angola ocupa a segunda posição mundial na tabela da taxa de mortalidade de
menores de cinco anos, com 164 mortes infantis em mil crianças nascidas vivas,
indica a UNICEF num relatório hoje divulgado.
Outros países lusófonos não estão muito melhor: De entre os países lusófonos, segue-se a Guiné-Bissau, na 6.ª posição
ex-aequo com a República Centro-Africana, com uma taxa de mortalidade de menores
de cinco anos (TMM5) -- que representa, nos termos da definição dos indicadores
da UNICEF, "a probabilidade de morrer entre o nascimento e exatamente cinco anos
de idade, por mil nascidos vivos" -- de 129 crianças em 2012, contra 158
crianças em 2011 e 243 em 1990. Moçambique classifica-se no 22.º lugar da lista, utilizada como "principal
indicador dos progressos em direção ao bem-estar da criança", com 90 crianças
entre cada mil nascidas vivas a terem elevada probabilidade de morrer nos
primeiros cinco anos de vida, em 2012, em contraste com as 103 que se
encontravam nessa situação em 2011 e as 226 em 1990, indica o documento.