Friday, September 13, 2013

Esperança média de vida: a face do desespero


Enquanto Angola gosta de alardear o seu potencial económico, sobretudo assente no facto de ser o segundo maior produtor de petróleo de África, existe um lado sinistro ocultado pelo boom petrolífero: Angola ocupa a segunda posição mundial na tabela da taxa de mortalidade de menores de cinco anos, com 164 mortes infantis em mil crianças nascidas vivas, indica a UNICEF num relatório hoje divulgado.

Outros países lusófonos não estão muito melhor: De entre os países lusófonos, segue-se a Guiné-Bissau, na 6.ª posição ex-aequo com a República Centro-Africana, com uma taxa de mortalidade de menores de cinco anos (TMM5) -- que representa, nos termos da definição dos indicadores da UNICEF, "a probabilidade de morrer entre o nascimento e exatamente cinco anos de idade, por mil nascidos vivos" -- de 129 crianças em 2012, contra 158 crianças em 2011 e 243 em 1990. Moçambique classifica-se no 22.º lugar da lista, utilizada como "principal indicador dos progressos em direção ao bem-estar da criança", com 90 crianças entre cada mil nascidas vivas a terem elevada probabilidade de morrer nos primeiros cinco anos de vida, em 2012, em contraste com as 103 que se encontravam nessa situação em 2011 e as 226 em 1990, indica o documento.