Vivemos tempos de permanente sobressalto. A volatilidade é grande. As regras mudam. As pessoas sentem o chão a tremer. E, neste ambiente de pré-tumulto, quem dirige não merece respeito. Vejamos o que diz este Senhor, que dirige a Região Autónoma dos Açores: Carlos César considera que “é razoável, não onerando aqueles que têm menores rendimentos, que em Portugal haja taxas especiais e impostos especiais dirigidos ao financiamento dos serviços públicos gratuitos de saúde e educação”.
Este Senhor César sabe, contudo, que estes cidadãos já são, provavelmente, os que mais contribuem para os sistemas sociais do Estado, atendendo a que são quem mais impostos pagam.
O que quer então o Senhor César? Fazer com que estes contribuintes, que efectivamente contribuem, vão para outro país? Ou quererá incentivar a fuga ao fisco?
Mas, o Senhor César ainda diz este disparate: O imposto seria apenas temporário, enquanto o país “justificar a necessidade de receitas extraordinárias”, e nada tem a ver com as posições de Passos Coelho sobre a saúde.
Como o Zé Povinho, de Rafael Bordalo Pinheiro: Toma, César!
É que, estamos cansados de saber que quando se implementa um imposto, só muito tempo depois se vem a retirá-lo, mesmo que seja criado temporáriamente.