Já o vamos escrevendo há algum tempo, não é possível ter um orçamento do SNS a crescer, quando a economia estagna ou decresce. Milagres só em Fátima, e só para quem acredita.
A voz de quem percebe de contas e conhece bem Portugal desde há 30 anos: Os gastos com a Saúde são, no futuro, “o principal problema orçamental que Portugal enfrenta”, afirma Teresa Ter-Minassian, a antiga chefe de delegação FMI que negociou o empréstimo a Portugal na crise de 1983.
Claro está que esta proposta de corte, vai ser entendida pelos que dominam o aparelho do Ministério da Saúde como mais uma dica para aumentar os custos para o Contribuinte, quando o que se exige é uma clara redução da despesa do SNS. Ou seja, eliminar muitos serviços inúteis que existem por esse Portugal, e reduzir o pagamento a vários prestadores.
O que aquela Senhora do FMI diz, é que não há ideias no Ministério da Saúde: “ajudaria muito à credibilidade do ajustamento orçamental se o Governo tivesse uma estratégia clara para conter os custos na Saúde no futuro, que são o maior problema orçamental que Portugal enfrenta”.
Nós achamos que há ideias no actual Ministério da Saúde, mas para manter toda a máquina burocrática intocável, e simultaneamente passar custos para um Contribuinte cada vez mais desesperado e sem recursos. Mas, convençam-se os Senhores do Ministério da Saúde, esse tipo de criatividade tem os dias contados.