- Para o bastonário, "se o governo acha que tem capacidade para abrir 1600 vagas na faculdade, deve simultaneamente garantir que abre 1600 vagas nos internatos quando forem necessários daqui por cinco anos".
- "Se continuarmos todos os anos a abrir 1600 vagas, é previsível que haja desemprego médico porque não é previsível que o país tenha capacidade económica de os colocar, mas claro que fazem falta: é ilimitada a capacidade que pode haver de trabalho médico", referiu ainda Pedro Nunes.
O Dr. Pedro Nunes pode defender bem a corporação médica, mas não é amigo da Humanidade. Desde quando é que o Estado (que são todos os contribuintes e restantes cidadãos) garante lugares de trabalho a todos os licenciados em Filosofia? Ou licenciados em Economia? Ou licenciados em Enfermagem?
Este é um tipo de discurso sem pudor. Vergonhoso. Desumano. Sem decoro. Revoltante.
Numa fase de tremendas dificuldades para o sector privado, o Dr. Pedro Nunes recostado na sua poltrona afirma isto: "se os hospitais estiverem em contenção financeira, não têm capacidade para pagar os ordenados". Tal como Maria Antonieta, esposa de Luís XVI, "se não têm pão, comam brioche".
E o pior, é que quando os aparentes líderes de opinião dizem disparates, tendem a ser mimetizados: O representante dos alunos frisa que, num futuro próximo, o eventual excesso de médicos “poderá vir em muito prejudicar a saúde em Portugal, porque acreditamos que o sector da saúde não é igual à maioria dos sectores em que a concorrência poderá ser benéfica”.
Os Senhores Doutores, médicos, quando estão recostados na poltrona do Estado, acham que a saúde não é um sector que se mova pela concorrência. Quando, os Senhores Doutores, médicos, estão nas suas clínicas ou consultórios privados, cobram valores absolutamente incomportáveis, a não ser que as poderosas seguradoras de saúde os travem ás 4 rodas, e aí, já não gostam do mercado, outra vez!