A sociedade portuguesa vai em aceleração. Para onde? Não sabemos. As burlas. Os tráficos de influências e de substâncias. A ineficácia total das "autoridades". Vale mesmo tudo:
- Cerca de 70 funcionários do Hospital de S. João, no Porto, estarão envolvidos num esquema de fraude à ADSE, com prejuízos para o hospital superiores a 100 mil euros.
- depois de uma auditoria interna ter detectado uma série de facturas provenientes de uma só clínica que levantavam suspeitas de irregularidades.
- O esquema, apurou o JN, passava por efectuar tratamentos corporais numa clínica privada do Porto a custo zero, com a comparticipação da ADSE. Os trabalhadores, maioritariamente mulheres, pediam uma receita a um médico para tratamentos de drenagem linfática - por exemplo às pernas - e dirigiam-se à clínica, no centro do Porto, onde recebiam massagens corporais que não correspondiam ao tratamento receitado.
- Depois dos tratamentos, os funcionários apresentavam ao hospital as facturas emitidas pela clínica com a designação "60 sessões - massagem de drenagem linfática com correntes farádicas", no valor de 2100 euros, para efeitos de reembolso da ADSE (80%).
Mas, a chico-espertice nacional tem fama antiga, mas consegue estar actualizada:
- A ideia era receber massagens a custo zero, numa clínica privada do Porto, segundo apurou o «Jornal de Notícias». A ADSE comparticipa tratamentos de drenagem linfática, mas não comparticipa tratamentos corporais e massagens. Forma de contornar isso era, alegadamente, obter uma receita para os ditos tratamentos de drenagem linfática e trocá-los por massagens, muito diferente daquilo que tinha sido receitado. Diagnóstico: fraude.
- A desconfiança terá crescido quando verificaram que os dados referentes ao emissor das facturas não eram fidedignos. Onde pára a clínica é a pergunta que se segue. O número de telefone não existe e o JN foi bater à porta da morada que vem na factura e que corresponde a um andar na Rua do Bolhão.
- O fio da história pode não ficar por aqui. Outros hospitais do norte poderão ter sido lesados com esquemas semelhantes. Inocentes estarão, aparentemente, os médicos que passaram as receitas.
Curiosa é esta opinião de que "inocentes estarão......os médicos", ainda que tenham passado receitas a pedido! De facto, não há possibilidade de pôr ordem numa casa em completo desnorte!