Enquanto o poder político entretém a população com "face oculta", "Luís Figo", ou "PT-TVI", aproxima-se o clímax: a apresentação a Bruxelas (ou se quiserem aos alemães do Bundesbank), do Plano de Estabilidade e Crescimento (planificação orçamental do Estado português a 3/4 anos).
Aumento de impostos? Garantido. Redução de serviços sociais? Garantido. Redução de prestações e subsídios sociais? Talvez.
O Ministério da Saúde já vai mandando mensagens: O Ministério da Saúde quer reduzir 16 milhões de euros (1%) a despesa do Estado com medicamentos durante este ano.
Será que os médicos vão prescrever menos medicamentos? Não. Será que são os Laboratórios farmacêuticos que vão reduzir o preço dos medicamentos? Não. Será que os associados da ANF e grossistas de medicamentos vão reduzir a sua margem? Naturalmente que não. Será que se vão reduzir os "hipocondríacos"? Com toda a certeza que não.
Então? Milagre de Fátima, no país dos milagres? Não. A resposta é esta: a oposição desconfia deste "milagre" e diz que "é um sinal claro de que o utente vai pagar mais", com a anunciada revisão do sistema de comparticipações. O ministério não negou.
Ora bem! O Ministério da Saúde tem imensos interesses à sua volta: médicos, laboratórios farmacêuticos, administradores hospitalares, farmácias, enfermeiros e tantos outros. De todos estes interesses, haverá alguém que aceitará reduzir o seu pecúlio? Não. Terá o Ministério da Saúde força para impôr redução de facturas aos fornecedores/funcionários? Não.
Resta aquele que paga e pagará sempre, quer seja através da redução de serviços (já evidentes no SNS), quer seja através de aumento de impostos.
Nós estaremos sempre na linha da frente contra todo e qualquer aumento de impostos. O Estado português já dá de comer a gente a mais. Basta!