Wednesday, April 30, 2008

Cancro da mama

A esperança média de vida aumenta. A qualidade de vida das pessoas aumenta. Contudo, os problemas e os desafios na saúde permanecem. O cancro continua a ser o último dos desafios, ainda que através de uma maior prevenção se consiga já hoje debelar alguns tipos de cancros e sobretudo aumentar a esperança de vida após uma primeira detecção de cancro.

A situação não deixa, entretanto, de ser complexa:
  • Segundo o relatório Global Cancer Facts & Figures, foram diagnosticados 1,3 milhões de novos casos da doença em 2007. O cancro acabou por ser fatal para 464 854 mulheres. Em Portugal, não há dados consistentes, mas Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, calcula que haja "4000 novos casos por ano e 1700 mortes anuais.

Um comentário lateral: não conseguimos compreender que em Portugal "não há dados consistentes", é que no fundo a população portuguesa tem a dimensão de muitas cidades médias.

Mas, vejamos outros detalhes:

  • Jorge Espírito Santo refere que a doença afecta cada vez mais portuguesas, tendo "aumentado cerca de 20% em apenas dez anos", uma percentagem que Vítor Veloso corrobora. "Há muitas razões para isso, como o envelhecimento, a entrada em menopausa, o consumo de tabaco e até os elevados níveis de estrogénios relacionados com a toma da pílula. Hoje, sabe-se que 30% a 40% das mulheres a tomam", sublinha Jorge Espírito Santo.
  • A alimentação, sedentarismo, consumo de álcool ou o excesso de peso são outros factores de risco. E são estes, os que se enquadram nos estilos de vida, que Vítor Veloso considera responsáveis por "70% dos cancros da mama. O papel da história familiar ou da hereditariedade é muito reduzido", assegura. "As mulheres têm uma responsabilidade muito grande devido aos seus hábitos", frisa. Estes factores estão também na origem do aparecimento da doença em mulheres cada vez mais jovens. No entanto, a detecção precoce dos carcinomas também justifica o facto, diz Jorge Espírito Santo, acrescentando que o diagnóstico é mais comum entre os 40 e os 60.

Seria bom que as pessoas actuassem mais através da prevenção, quer quanto aos estilos de vida, quer quanto ao exercício da detecção da doença.