A generalidade dos hospitais portugueses caracterizam-se por serem "hospitais de retalhos", que é como quem diz, têm zonas absolutamente novas e zonas absolutamente decadentes. Têm zonas humanizadas e têm zonas miseráveis.
Depois, lá se vão construindo alguns hospitais, sendo muitos deles fruto de maléficos lobbies locais, como é o caso do Hospital de Tomar ou do Hospital de Torres Novas.
- O novo Hospital de Todos-os-Santos – que substituirá os hospitais de S. José, Santa Marta, Capuchos, Desterro e Estefânia que compõem o actual Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – já tem garantido um terreno de 95 mil metros quadrados na zona da Bela Vista, ao lado de Chelas.
- O Todos-os-Santos vai ter 789 camas – para substituir as mais de mil do CHLO, que têm uma ocupação de 70% – e será organizado segundo um modelo inovador. Os tradicionais serviços hospitalares vão deixar de existir, estando o hospital dividido por áreas.
- A área de cirurgia, por exemplo, inclui a ortopedia, a cirurgia plástica, a neurologia, etc. As camas vão ser todas em quartos individuais – que deverão estar preparados para duplicarem esta capacidade, se for preciso.
- O novo hospital terá uma forte vertente universitária, com um centro de ensino e um centro de investigação, um auditório e salas de alunos.
O pior é a realidade: As dívidas do Estado aos fornecedores em 2006 aumentaram 19 por cento em relação ao ano anterior e, no caso do Ministério da Saúde aumentaram 32,6 por cento.