Lemos isto: A Unidade de Saúde de Coimbra (USC) não pagou, até ao final do dia de ontem, os salários e subsídios que tem em atraso com os seus cerca de 80 funcionários, mas garante que "reina a tranquilidade" na instituição e esta "não fechou, nem vai fechar".
Naturalmente, que num mercado livre e aberto, há empresas bem sucedidas e há empresas mal sucedidas. Há empresas que progridem e há empresas que vão à falência. Contudo, parece que ainda vivemos num estado de Direito. E se assim é, a Lei deve ser cumprida e quem não a cumpre, deve ser punido!
Mas, lemos mais: Pedro Nunes reconhece todos os "dramas" dos colaboradores, mas desdramatiza a situação "a unidade está a funcionar normalmente. As dívidas a fornecedores e aos trabalhadores é algo que será ultrapassado em breve. Tivemos problemas, mas estamos a funcionar graças ao empenhamento de todos. O problema de fundo está a ser resolvido. Apesar disso orgulhamo-nos de prestar um serviço de primeiríssima qualidade".
Noutro lado lemos isto: No documento, indicam que aqueles indicadores - dívida das remunerações de Agosto e Setembro e falta de "bens consumíveis indispensáveis ao cuidado dos doentes" - são "sobejamente conhecidos da administração", presidida por Pedro Garcez.
E ainda isto, em outro sítio: «Os trabalhadores descontam no seu vencimento, entregam à instituição e esta não faz a transferência para a Segurança Social», denunciou Paulo Anacleto, do Sindicato dos Enfermeiros.
Este Hospital Fernão Mendes Pinto parece que tem acordos de prestação com entidades do Ministério da Saúde. Em face de tudo isto, perguntamos nós:
- O que faz a Entidade Reguladora da Saúde?
- O que faz o Ministério da Saúde?
- O que faz o Ministério do Trabalho?
É que a existência de más práticas num mercado livre, perturbam quem quer trabalhar sériamente.