Thursday, August 02, 2007

Reclamações na saúde

Vivemos na era do consumidor. Na saúde, há quem lhes chame "utente", "paciente", e nós apesar de tudo, aceitamos que lhes chamem "doentes"!


A agora extinta, Inspecção Geral de Saúde, decidiu vir anunciar o seu trabalho de 2006, assim:
  • A Inspecção-Geral da Saúde contabilizou uma média de 101 queixas por dia em 2006, num total de 37.043 reclamações.

  • o número de queixas em 2006 representa um aumento de 7.621 reclamações (25%) em relação a 2005.

  • O Hospital com maior taxa de queixas em todo o continente (em que a taxa é igual ao número de queixas a dividir pelo total de atendimentos) é o de Santa Maria, em Lisboa.

  • Na contabilidade por assuntos, a maior fatia das reclamações (30,6%) respeita à categoria de «sem referência ou outros», surgindo depois a «acessibilidade» que recolheu 26,9% das queixas e a «comunicação» com 23,4 por cento. A «assistência médica» recolheu 12,7% das insatisfações.

Num outro sítio, vemos isto:

  • Em 2006, a IGS registou um total de 37.043 reclamações, das quais resultaram 120 processos para tratamento mais aprofundado.

  • Sobre as penas aplicadas a profissionais, os médicos foram os mais sancionados, correspondendo a 54 por cento, seguindo-se os auxiliares (24 por cento). Os enfermeiros representaram seis por cento dos castigados e os administrativos 14 por cento, não havendo qualquer registo de penas aplicadas a dirigentes.

Comentários nossos:

  1. Saudamos que os doentes sejam mais exigentes, pois os profissionais de saúde, apesar de serem muito importantes, também têm que responder perante quem lhes paga (os contribuintes e/ ou os segurados).

  2. Achamos um rácio muito baixo, existir apenas o aprofundamento de 120 processos, em mais de 37.000 reclamações.

  3. Finalmente, achamos lapidar, o facto de nem um único Dirigente ser objecto de uma sanção, em mais de 37.000 reclamações. Dirigentes exemplares, temos nós!!!