Entrámos numa fase de mudar, por mudar! A mudança só faz sentido, quando há objectivos racionais e controlo posterior desses mesmos objectivos.
O Ministério da Saúde está envolto em imensos lobbies poderosos. Já o sabemos há muito. Esta situação não é originalmente portuguesa. É, também ela, global!
Médicos, Administradores Hospitalares, Enfermeiros, Laboratórios Farmaceuticos, Farmácias, e, entre muitos outros, fornecedores de equipamento médico, são alguns dos poderes inamovíveis do sector da saúde. Ou se gere com eles, ou não é possível gerir a saúde. Naturalmente, que há uma entidade que normalmente também tem muito força: que é, quem tem dinheiro. Quando quem tem dinheiro é privado, sabe utilizar a sua força e não abre mão desse poder, sob pena de perder rentabilidade! Quando quem tem dinheiro é o Estado, ainda mais força deveria ter. Mas, como o Estado é gerido por pessoas, que normalmente colocam carreiras pessoais à frente do bem público, é mais difícil gerir, mesmo que se tenha muito dinheiro!
Tudo isto a propósito desta notícia: o Ministério da Saúde está a preparar legislação, para permitir a entrada das lojas de grande consumo no mercado farmacêutico. Outra vez, dizemos nós? Ainda há pouco tempo, O Ministério da Saúde liberalizou a venda de medicamentos não objecto de receita médica e já se prepara para, pedir ao Infarmed a criação de uma lista de medicamentos que possam ser disponibilizados ao público, sem aconselhamento especializado no acto da compra .
O que é verdade hoje, no sector da saúde, amanhã já não é!