Temos estranhado a pouca actividade da Entidade Reguladora da Saúde. Contudo, esta Entidade quando aparece, é sempre de forma estrondosa: primeiro, apareceu a dizer que havia muita ineficiência nas convenções privadas com os privados que fornecem exames complementares de diagnóstico; agora, aparece a dizer isto:
- A ERS dá conta de suspeitas em alguns hospitais públicos que negam acompanhamento a doentes com esclerose múltipla, por motivo de ordem financeira.
- Estas suspeitas resultam de uma investigação iniciada no início de este ano, a 36 unidades hospitalares com consulta externa de neurologia.
Aqui, acrescenta-se isto:
- doentes crónicos afectados, que têm de se deslocar a entidades hospitalares «menos acessíveis e mais longe», o que representa um custo adicional para eles.
O Presidente dos Administradores Hospitalares diz isto:
- Manuel Delgado diz-se surpreendido com esta situação, apesar de admitir que algumas pessoas com esclerose múltipla possam não ser atendidas em certos hospitais que não dispõem de serviços de neurologia.
- «É evidente que poderá haver hospitais que não têm condições técnicas para os doentes, até porque normalmente são tratados por neurologistas, se o hospital não tem neurologia, admito que o doente tenha que ser transferido para outro hospital para esse tratamento».
Falta apenas esclarecer, se os Hospitais que recusaram doentes com Esclerose Múltipla, têm ou não têm Médicos - Neurologistas.
Finalmente, é triste que isto aconteça a seres humanos com uma doença extremamente grave, num país que gasta 10% do PIB em saúde!