Thursday, June 01, 2006

O poder do Consumidor ou das corporações?


Por aqui, defendemos o consumidor de saúde, tenha ele o nome de "utente", "cliente" ou até mesmo de "paciente". É para o consumidor de saúde, que todo o sector da saúde funciona. Sem ele, não há sector da saúde, por muito importantes que sejam os Senhores médicos, os Senhores enfermeiros, os Senhores farmacêuticos ou, entre outros, os Senhores administradores hospitalares. Vem isto a propósito desta notícia, em que se refere que "A Autoridade da Concorrência (AdC) condenou a Ordem dos Médicos (OM) ao pagamento de uma multa de 250 mil euros por impor preços para as consultas dos médicos que trabalham como profissionais independentes". E mais à frente "O organismo regulador entende que se trata de "uma forma séria e das mais graves de restrição da concorrência". Para nosso espanto, a reacção da Ordem dos Médicos (corporação que agrega os médicos de Portugal), foi esta, "O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirma que não paga a multa de 250 mil euros, que a Autoridade da Concorrência determinou por causa do estabelecimento de preços máximos e mínimos para os serviços prestados pelos clínicos". Já não sabemos, quem é que manda em Portugal, neste momento: se o Estado (através dos seus órgãos) ou as corporações.