Tuesday, March 26, 2013
Evidentemente, Senhor Ministro
Wednesday, June 15, 2011
Portugal tem excesso de hospitais
Tuesday, June 15, 2010
INEM: finalmente detalhes da debacle
Wednesday, May 19, 2010
O SNS entrou em colapso
- A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) intimou dois hospitais públicos a pagarem a meias uma operação a um descolamento da retina que uma doente fez no hospital privado Cuf Descobertas (Lisboa), depois de esta não ter sido atendida de imediato nas duas unidades, por ser véspera de fim-de-ano.
Isto é absolutamente inacreditável. Mas, o que a seguir registamos, é sinal de um completo estado de irresponsabilidade por parte de toda a estrutura do Ministério da Saúde, desde a pediatra Ana Jorge, até aos Altos Funcionários das ARS's e Hospitais:
- A doente vinha de Faro para o Porto na noite de 30 de Dezembro de 2008 quando sentiu problemas no olho esquerdo e decidiu recorrer à urgência dos HUC (Hospitais da Universidade de Coimbra), que era a mais próxima. Foi-lhe ali diagnosticado um descolamento grave da retina, mas, por ser véspera de passagem de ano e os especialistas estarem de férias, disseram-lhe que para ser atendida no mesmo dia deveria recorrer a uma urgência de um hospital do Porto ou de Lisboa. Ela optou pela capital.
- Chegou à urgência do Hospital de S. José (que pertence ao CHLC) às 2h50 e saiu dali duas horas mais tarde, depois de o médico interno que a observou lhe ter dito que não tinham oftalmologistas e se devia dirigir ao Hospital dos Capuchos (também do CHLC) para ser vista e operada. Levava um pedido de consulta externa muito urgente, mas teve de aguardar pela abertura, de manhã, do Hospital dos Capuchos, onde uma funcionária administrativa lhe terá dito que o médico não a poderia atender e só num privado seria operada de imediato. Sugeriram-lhe o Cuf Descobertas. Acabou por ser operada nesse hospital privado pelo médico que dirige o Serviço de Oftalmologia do CHLC.
Esta é uma imagem de um Estado Kafkiano, que está apoderado por um conjunto de interesses e interessados, que cinicamente enchem os discursos com os interesses dos doentes.
Veja-se o detalhe sinistro deste episódio surreal:
- O director do Serviço de Oftalmologia do CHLC - que foi quem operou a doente na instituição privada - adiantou, porém, ao PÚBLICO que a administração já lhe pediu para apresentar um projecto para alterar a situação na unidade pública, de forma que casos como este não se repitam.
- O médico garantiu ao PÚBLICO que não teve nada a ver com o facto de a doente ter ido ao hospital privado - "foi uma coincidência superdesagradável" - e sublinhou que a cirurgia do descolamento da retina não é feita nos serviços de urgência. "Não é uma intervenção de emergência, apesar de ser urgente", o que significa que pode ser feita vários dias depois, justificou. No hospital público, a doente teria de esperar por segunda-feira (era quarta-feira no dia seguinte era feriado e no outro havia tolerância de ponto) para ser observada e para depois lhe ser marcada a cirurgia.
Chegámos a uma situação, em que as pretensas élites da sociedade já se desresponsabilizam de tudo, sem nunca abdicarem, no entanto, das suas prebendas, sejam elas "tolerâncias de ponto", ou "promiscuidades público-privadas".
Estamos a chegar a um limiar de absoluta intolerância. Ao observarmos a História, verificamos que algo de muito perigoso está do outro lado da esquina.
Thursday, April 29, 2010
Entidades Reguladoras
- O número de reclamações enviado para a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) continua a aumentar, totalizando 7848 queixas e exposições, mais 19 por cento do que no ano anterior.
- Analisando os 10.415 processos de reclamações terminados no ano passado (alguns transitaram de anos anteriores), percebe-se que o grosso é arquivado (75 por cento). Em 17 por cento por cento dos casos foram garantidas medidas correctivas e apenas um por cento das situações deu origem à abertura de processos.
- Um exemplo: depois de ter diagnosticado um tumor maligno no olho esquerdo que teria que ser removido com urgência, uma profissional de saúde do Centro Hospitalar do Porto desviou a doente para a Clínica Oftamológica Dr. Manuel Monteiro, Lda, onde também colaborava na altura e onde foi feita a cirurgia.
Bem, numa altura em que se fala em falência do Estado de Portugal, de muitas empresas e de muitos indivíduos, resta um simples exercício: 1) continuar a fingir que a "nossa" crise é igual à dos outros, e continuar a usufruir do "nosso" querido crédito; 2) reduzir drásticamente todas as adiposidades que há por aí (leiam-se, actividades que não têm valor acrescentado para quem as paga).
Um conjunto de entidades que existem, mas que se sobrepõem, em termos de competências, e sobretudo, com muito pouca eficácia (como aliás, se pode ver pelos extractos acima verificados, do resultado da ERS):
- Entidade Reguladora da Saúde: supervisiona as entidades privadas da saúde, mas não as públicas. Porquê? Talvez, para garantir a continuidade da IGAS.
- Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS): parece que é a entidade que regula as entidades públicas, a não ser que hajam outras ao barulho, como por exemplo o Infarmed, no caso dos medicamentos.
- INFARMED: supervisiona o medicamento e a venda de medicamentos, excepto naquilo que as autoridades europeias já fazem. Por exemplo, se há falhas nas farmácias dos hospitais, quem regulará ou supervisionará? O IGAS? Ou o Infarmed? Ou pior, ninguém? E no caso das farmácias de comunidade, que são privadas, já não é a ERS que intervem, mas, parece que é o Infarmed!
- Autoridade da Concorrência: regulará a eventual concentração ou concertação de actividades de concorrência. E a Entidade Reguladora da Saúde não terá também uma palavra a dizer neste aspecto? E a regulação da abertura de novas farmácias não é competência do Infarmed?
- Ordens profissionais: supostamente são responsáveis pelo rigor e profissionalismo das suas profissões, muitas vezes com maior peso que as próprias entidades reguladoras. Então para quê ter duas opiniões, ou mais? Sobretudo num país, que quer ser moderno, mas não tem sequer recursos para ser apenas e só eficaz?
- Instituto da Qualidade em Saúde: parece que já não existe, mas aqui diz-se que foi substituído por outro....parecido.
Poderíamos elencar mais entidades reguladoras ou supervisoras. Queremos apenas dar uma achega ao "ataque ao despesismo" que pretende ser o PEC. Mas, imaginamos que vão acabar algumas das entidades mencionadas? Nem pensar. O poder (Governo e Parlamento) está mais relacionado com estas "entidades reguladoras", do que com quem lhes paga o salário, que são os contribuintes e os clientes.
Thursday, September 24, 2009
A insustentável leveza do ser
- Entidade Reguladora da Saúde concluiu haver "procedimentos vulneráveis susceptíveis de conduzirem a erro humano" no serviço de oftalmologia do hospital.
- A entidade indica que encontrou "práticas que deviam ser corrigidas".
- "Não há mecanismos de controlo que permitam excluir a possibilidade de erro humano, que possa levar à troca acidental de fármacos" e "não são realizadas auditorias de rotina aos procedimentos para detecção de eventuais práticas menos adequadas", lê-se ainda no relatório.
- A ERS acrescenta que o acesso ao bloco operatório de ambulatório do Serviço de Oftalmologia faz-se através de uma "área comum destinada a vestiário, de profissionais e de doentes, ao recobro e ao circuito de sujos e limpos, sendo, também, nesta área que circulam as marquesas operatórias".
- Nas conclusões finais, o Conselho Directivo da ERS escreve que no Serviço de Oftalmologia do hospital se deve continuar a introduzir melhorias nos procedimentos relativos ao circuito do medicamento, "dotando-o de uma metodologia capaz de prevenir eficazmente a ocorrência de falhas passíveis de lesar a saúde dos utentes".
Tudo isto aconteceu aqui: A ERS sublinha que apesar do serviço de oftalmologia ser considerado uma «referência a nível nacional entre a comunidade médica, no que respeita ao nível dos padrões de qualidade e aos cuidados de saúde prestados, evidenciaram-se procedimentos vulneráveis no que respeita aos fluxos operacionais».
Entretanto, o Hospital de Santa Maria parece que quer chegar a acordo com as vítimas da cirurgia, através de uma Comissão de Acompanhamento! É preciso escrever algo mais?
Friday, June 26, 2009
A incompetência compensa
Thursday, April 23, 2009
Maternidades
Thursday, February 19, 2009
Partos no sector privado
Wednesday, February 18, 2009
Estudos da Entidade Reguladora da Saúde
- Foram inquiridos 1.031 utentes dos 101 Centros de Saúde (em média, 10,2 por Centro), tendo a selecção dos utentes sido aleatória, desde que o utente cumprisse as seguintes condições: (i) estar no Centro de Saúde com uma consulta médica programada (não urgente), previamente marcada; (ii) ter 15 ou mais anos de idade.
Seleccionar apenas 10 utentes que visitam cada um dos Centros de Saúde, não é um método adequado para depois tirar conclusões de que a acessibilidade dos Centros de Saúde é boa. Até porque, é caso para se perguntar, porque é que as pessoas que não vão aos Centros de Saúde, não têm o direito de ser inquiridas?
Este é mais um estudo que vai branquear muitas situações degradantes e degradadas, em múltiplos Centros de Saúde, por esse Portugal fora.
Só com críticas, não vamos longe. Mas, com branqueamento de situações menos boas, também nunca alcançaremos a desejada melhoria.
Mais adiante, voltaremos á leitura deste "estudo de mercado".
Monday, September 15, 2008
Para que serve uma Entidade Reguladora?
- O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Álvaro Almeida, teme que possam existir laboratórios de análises clínicas que não cumpram requisitos mínimos de qualidade porque «ninguém verifica» a situação, defendendo o regresso do licenciamento obrigatório e eficaz.
- «É preciso que haja entidades externas que verifiquem se os requisitos humanos e técnicos existem quando se inicia uma determinada actividade. É importante que haja um sistema de licenciamento eficaz», defendeu.
- O responsável considerou que o anterior processo de licenciamento, da responsabilidade das Administrações Regionais de Saúde, «não era muito facilitador, era complexo e exigia a participação de muitas entidades».
- «Neste momento há requisitos que têm de ser cumpridos, mas não há sistema montado para verificar que cada vez que um laboratório comece a funcionar os cumpre. Pode acontecer que haja laboratórios a funcionar sem esses requisitos, porque não há ninguém a verificar essa questão»
- Apesar de os laboratórios conhecidos pela ERS cumprirem «todos os requisitos de qualidade mínimos», Álvaro Almeida refere não haver a garantia que isso aconteça em todos os laboratórios.
Ás vezes, o silêncio é a melhor forma de não dizermos disparates. Esta ERS esteve numa primeira fase, aparentemente desactivada, dado que nem tinha instalações próprias. Depois, parece que lhes deram alguns meios. Mas, ainda temos que ouvir (ler) que "Pode acontecer que haja laboratórios a funcionar sem esses requisitos, porque não há ninguém a verificar essa questão". Mas, afinal para que serve a ERS? E os seus dirigentes e funcionários?
Wednesday, April 16, 2008
Irracionalidades da saúde
Dois problemas: 1) falta de equidade na prestação de serviços de saúde é grave; 2) falta de recursos nos Serviços de Saúde.
Monday, March 10, 2008
A desorganização do SNS
- Um número substancial (3360 reclamações), que revela um aumento de 476% face às reclamações recebidas em 2006, ano em que arrancou em força o funcionamento da estrutura. E que deverá subir ainda mais em 2008, uma vez que entraram na ERS, até à semana passada, 719 queixas.
- Aparentemente curioso é o facto de 78% das reclamações recebidas em 2007 dizerem respeito a prestadores privados.
- Por lei, as entidades privadas são obrigadas a remeter para a ERS todas as entradas no livro de reclamações criado expressamente para este sector em 2005.
- No caso dos prestadores públicos, as queixas vão para o "livro amarelo" da Administração Pública, existentes em centros de saúde e hospitais. Daí passam para as administrações regionais de saúde e depois para a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde. Recebemos apenas uma parte muito pequena, casos que, pela gravidade, são reencaminhados para nós, ou chegam por iniciativa dos utentes". O responsável garante que, independentemente desse percurso, a ERS "continua a acompanhar as reclamações no público, embora não individualmente, e a prova é de que temos algumas as mais importantes. É assim com as entidades reguladoras dos outros sectores também". E as reclamações, neste caso, envolvem já não atrasos, mas sim más prestações de cuidados e problemas de acessibilidade. Isto é, listas de espera.
Quando o Responsável da ERS afirma formalmente, que não há uma gestão de reclamações única, no sector da saúde em portugal, admite que fazer uma reclamação na maioria das instituições do SNS, é garantia de que reclamar é uma pura perda de tempo!
Isto sim, é desperdício no SNS, pois a desorganização custa sempre muito dinheiro.
Monday, March 03, 2008
A Entidade Reguladora da Saúde existe
- a ERS desenvolveu um Sistema de Gestão das Reclamações dirigidas à ERS que permite acolher todas as reclamações ou mesmo as situações de cuja existência a própria ERS se dê conta e considere deverem determinar a sua intervenção, sempre em defesa dos direitos dos utentes.
- Por norma, cada processo é resolvido em 90 dias, que incluem a análise de cada exposição e o correr dos prazos dados, quer a reclamadas quer a reclamantes, para apresentação de alegações e de motivos de discordância, respectivamente.
- Em 2006, a ERS procedeu à renovação do seu website, com vista a criar e manter um sistema de informação ao público em geral, onde os cidadãos podem aceder a informação diversa.
- Até Julho de 2007 foram abertos 32 processos contra-ordenacionais, sendo que destes, 13 estão concluídos da seguinte forma: 3 foram arquivados, 8 deram lugar a admoestação e 2 culminaram na aplicação de coima.
Para um sector que representa 10% do PIB do país, pensamos que a produtividade demonstrada pela ERS é muito pequena. Vejamos agora as recomendações que o Tribunal de Contas faz:
- Clarificação das situações que não permitem, em algumas zonas de fronteira, concluir com certeza, quem é considerado operador no sector da saúde para efeitos de Registo das Entidades Reguladas.
- Atribuição de competência à ERS para poder registar oficiosamente as entidades que identifique em infracção, de acordo com as informações de que disponha ou que venha a obter através do dever da informação a que estão adstritos todos os seus regulados.
- Atribuição de competências à ERS ao nível do controlo do cumprimento dos requisitos de funcionamento dos estabelecimentos dos seus regulados, da emissão de recomendações sobre os requisitos necessários para o funcionamento dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde e do sancionamento pelo incumprimento daqueles requisitos.
- Reforço das funções de monitorização, acompanhamento e controlo da ERS, através do alargamento dos deveres de informação e cooperação a terceiros, para além dos regulados, designadamente a outros agentes do sector, cuja colaboração possa ser relevante no exercício das funções da ERS.
- Contribuir com medidas adequadas e em tempo oportuno para a eficiência do sistema de saúde.
O ponto 5 é que é fatal. Daqui por algum tempo, voltaremos a verificar se alguma coisa se alterou.
Thursday, February 28, 2008
A Entidade Reguladora da Saúde existe?
- O Tribunal de Contas (TC) considera que há riscos de que se venham a gerar "potenciais conflitos" entre a actuação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Autoridade da Concorrência (AdC), recomendando à própria ERS que trabalhe com a AdC para uma "eficaz articulação".
- "Ou as competências da ERS, em matéria de concorrência no sector da saúde, esvaziam de competência a AdC quanto a esse domínio, fazendo precludir a sua actuação, ou existe efectivamente uma sobreposição de competência geradora de potenciais conflitos", nota o relatório do TC.
- Estes potenciais conflitos são reconhecidos pela própria ERS, já que, segundo o relatório do TC, "no entendimento da ERS, existe claramente, num plano conceptual, uma sobreposição de competências entre a ERS e a AdC, na exacta medida em que a ERS tem, igualmente, como atribuição legal a defesa da concorrência entre operadores, que não deve ser confundida como mera articulação com a AdC na prossecução das atribuições desta".
Coitados dos portugueses que são (des)governados por gente tão incompetente e desorganizada! E ainda têm de lhes pagar e bem.
Wednesday, November 07, 2007
New watchdog
- The Care Quality Commission will bring together the functions of the existing Healthcare Commission, the Commission for Social Care Inspection and the Mental Health Act Commission.
- It will also be equipped with a stronger remit to "inspect, investigate and intervene" where hospitals are failing to meet hygiene standards.
- The integrated regulator, to be set up under a forthcoming Health and Social Care Bill, will cover adult social care as well as health services.
É importante, que os Governos, que vão estando perante desafios maiores e mais complexos, consigam ter controlo sobre alguns desvarios que vão existindo. E a Grã - Bretanha está a fazê-lo.
Por cá, ainda recentemente, tivemos o escandalo do encerramento de várias cantinas de hospitais, e não tivemos conhecimento de qualquer penalização para a Administração das respectivas instituições. Se não há penalização, o crime compensa.....
Friday, October 26, 2007
Onde está a regulação na Saúde?
- O que faz a Entidade Reguladora da Saúde?
- O que faz o Ministério da Saúde?
- O que faz o Ministério do Trabalho?
É que a existência de más práticas num mercado livre, perturbam quem quer trabalhar sériamente.
Friday, July 20, 2007
Rankings na saúde
E ainda: Manuel Delgado explica que, no sector público, os utentes estão limitados aos serviços da sua área de residência, pelo que não têm grande possibilidade de escolha. “Um ranking de um mercado muito incipiente, em que os cidadãos têm pouca mobilidade e em que os próprios modelos de financiamento do sistema, são pouco sensíveis a esta variabilidade da procura em função da qualidade do serviço. É evidente que o seu impacto é pequeno”, diz este responsável, explicando que “os efeitos práticos, que a existência de um ranking tem, fazem com que a procura se dirija para os serviços de maior qualidade. Esse efeito não se vai notar na medida em que as pessoas estão muito ligadas ao seu hospital de referência”.
Se calhar, Dr. Manuel Delgado, o que está mal, é o facto dos doentes não poderem escolher livremente o seu prestador. Naturalmente, que se o serviço for mau ou medíocre, e o doente não puder escolher alternativas, tudo ou quase tudo ficará na mesma!
Para nós, trata-se de uma questão de mentalidade, é preciso fazer ouvir os principais utilizadores e pagadores do sistema de saúde: os doentes.
Monday, December 04, 2006
Esclerose múltipla
- A ERS dá conta de suspeitas em alguns hospitais públicos que negam acompanhamento a doentes com esclerose múltipla, por motivo de ordem financeira.
- Estas suspeitas resultam de uma investigação iniciada no início de este ano, a 36 unidades hospitalares com consulta externa de neurologia.
Aqui, acrescenta-se isto:
- doentes crónicos afectados, que têm de se deslocar a entidades hospitalares «menos acessíveis e mais longe», o que representa um custo adicional para eles.
O Presidente dos Administradores Hospitalares diz isto:
- Manuel Delgado diz-se surpreendido com esta situação, apesar de admitir que algumas pessoas com esclerose múltipla possam não ser atendidas em certos hospitais que não dispõem de serviços de neurologia.
- «É evidente que poderá haver hospitais que não têm condições técnicas para os doentes, até porque normalmente são tratados por neurologistas, se o hospital não tem neurologia, admito que o doente tenha que ser transferido para outro hospital para esse tratamento».
Falta apenas esclarecer, se os Hospitais que recusaram doentes com Esclerose Múltipla, têm ou não têm Médicos - Neurologistas.
Finalmente, é triste que isto aconteça a seres humanos com uma doença extremamente grave, num país que gasta 10% do PIB em saúde!