Tuesday, June 24, 2014

O que dirá a corporação?

Mais do que o interesse do público em geral, interessam mais as opiniões de grupos de interesse, vulgo lobbies, ou das chamadas corporações. Há uma Ordem que manda mais do que muitas outras. Está sempre atenta. Está sempre actuante. Não perde uma oportunidade para colocar em marcha os interesses da classe.

Não sabemos o que dirá a Ordem sobre istoA Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) enviou para o Ministério Público, para investigação de eventuais ilícitos criminais, os casos de médicos que detectados a trabalhar em vários hospitais, públicos e privados, à mesma hora. Um deles, filho do ex-director da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), criou em 2009 uma empresa de prestação de serviços com o então director da Cirurgia Plástica do Hospital de Santa Maria (Lisboa), que terá servido para celebrar contratos com a instituição dirigida pelo pai.

E sobre isto, o que dirá a tal de OrdemContactado pelo PÚBLICO, o ex-administrador da MAC, Jorge Branco, disse apenas que este caso ocorreu há já algum tempo e que seguiu “os trâmites normais”. Sem querer adiantar mais comentários, defendeu que o contrato entre a MAC e a Out Intervention foi feito como com outra empresa qualquer. “Não há nenhuma lei que proíba que [um pai] contrate uma empresa de um filho. Ele não pode ser beneficiado, mas também não deve ser prejudicado”, sustentou.

Para não dizer mais, que topete, Dr. Jorge Branco!

Thursday, June 12, 2014

Habituem-se!

Portugal viveu durante mais de duas décadas, com um enorme apoio da CEE/União Europeia. Após este período, verifica-se que a nação não tem capacidade para se auto-sustentar economicamente.

Dito de outra forma, a nação não gera recursos para suportar os direitos que a Constituição da República garante aos cidadãos. Ou seja, Portugal queria ser um país do 1º mundo, mas não gera recursos para tal.

Agora, algumas entidades já se vão apercebendo da descida de divisão: "Na prática, estamos a transformar o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS). Isto só vai ter efeitos em termos de números da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das instituições internacionais daqui a dois ou três anos, quando ao olharem para os números de 2014 verificarem que os índices excelentes que tínhamos começam claramente a decrescer. Não podemos aceitar isso", afirmou Miguel Guimarães.

Se calhar, quem está incomodado, habituou-se ao fandango do "ora, agora, no público, ora, logo, no privado". Acabou. O Estado faliu e não consegue suportar tanto, como o fez no passado. A não ser que se crie mais riqueza, para que o Estado possa cobrar mais impostos.

De outro modo, isto é o habitual choro do crocodilo: Para o responsável," a saúde necessita de uma nova agenda que seja mobilizadora de uma política diferente. Uma política mais próxima das pessoas. Mais próxima dos doentes e dos profissionais de saúde. Em que a sustentabilidade seja uma etapa mas não a meta final. Em que seja preservado o que conseguimos fazer de bom e de bem. Em que o combate ao desperdício seja objectivo, transparente e sem 'compromissos' ou 'desperdícios' políticos. Em que a instabilidade não seja uma ameaça constante. Em que o doente ocupe o seu verdadeiro lugar no centro de todo o sistema, em que a medicina seja valorizada e respeitada".