Thursday, December 26, 2013

O desnorte completo

Há muito tempo que o Ministério da Saúde é mal gerido. É mal gerido, porque não tem pessoas competentes a geri-lo. Vai tendo gente que por lá passa para ganhar a vida, ou para a vida ganhar. De resto, devem por lá existir um conjunto de pessoas, que sem saberem porquê, lá vão cumprindo algumas tarefas. Um caso de clara "gestão ao acaso".

Estes são mais alguns detalhes da dita "gestão ao acaso":

1. A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo pagou mais de 400 mil euros a uma empresa de consultoria pela elaboração do inventário dos bens móveis e imóveis da instituição. As outras quatro ARS do país (Norte, Centro, Alentejo e Algarve) estão também a fazer os respectivos inventários mas com os seus próprios meios e recursos humanos.


2. “A grande dimensão e dispersão territorial das unidades pertencentes à ARSLVT, bem como as várias reorganizações internas e fusões realizadas ao longo dos anos sem a existência de um inventário valorizado dos bens móveis e imóveis, implicou, por exemplo, que desde 1994 conste, no balanço, um valor patrimonial negativo superior a 5 milhões de euros, montante absolutamente irreal face à referida dimensão desta administração regional”.


3. Orçado em 338.750 euros mais IVA, o inventário foi adjudicado à SGG - Serviços Gerais de Gestão, SA, uma empresa associada da Deloitte, em 2011, antes de o novo conselho directivo ter tomado posse, explica o actual presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, para quem o valor do contrato não é assim tão elevado, tendo em conta a “complexidade” do trabalho


Em qualquer país desenvolvido (não confundir com países de governação ao acaso), estes factos seriam escrutinados no Parlamento. Em Portugal, o Parlamento serve para dar um ar de que existe poder democrático, sem contudo defender o interesse dos portugueses em geral e em particular dos contribuintes.

Paulo Macedo parece querer fazer um trabalho satisfatório. Mas, os seus subordinados são mais do mesmo.

Tuesday, December 24, 2013

A vida para além da saúde

Isto não é normalFuncionários do Hospital de Egas Moniz juntaram-se para dar cabazes a doentes carenciados.

Mas, Portugal não vive a normalidade: Este foi um ano em que muitos hospitais e centros de saúde do país foram confrontados com um grande número de situações de doentes que, para além dos problemas de saúde, traziam consigo grandes dificuldades económicas.

Thursday, December 19, 2013

Sinais acentuados de decadência

Para nós, não há novidade, a casa está há muito em queda. A queda não é eminente. A queda é lenta, mas consistente. InfelizmenteOs medicamentos Artane (para o tratamento do Parkinson) e o Varfine (para prevenir tromboses), há duas semanas em falta das farmácias.


Provavelmente, esta situação não existirá na Grã-Bretanha, na França ou na Alemanha. É a nova realidade portuguesa, a da descida de divisão: O cardiologista e vice-presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Jacinto Gonçalves, explicou ao PÚBLICO que a falta do Varfine é “especialmente grave para a saúde pública”, visto que o medicamento existe há mais de 40 anos, pelo que é amplamente utilizado e é sobretudo dado para evitar a formação de coágulos e prevenir acidentes vasculares cerebrais.


Coitados dos portugueses.

Thursday, December 12, 2013

Cirurgia com Google Glass


A inovação tecnológica também acontece em Portugal, e logo em áreas tão complexas como a das intervenções cirúrgicas: O hospitalcuf infante santo realizou duas intervenções cirúrgicas transmitidas pela primeira vez em Portugal em directo para estudantes e profissionais de saúde através do dispositivo Google Glass.

O Google Glass é um dispositivo tecnológico que permite, entre outras funcionalidades, a transmissão de imagem e som em tempo real através da Internet. Os estudantes e os profissionais de saúde tiveram, assim, a possibilidade de assistir às intervenções cirúrgicas de uma perspectiva privilegiada e com todo o pormenor, como se estivessem no lugar do cirurgião.

As intervenções cirúrgicas consistiram num implante coclear - realizado pelos especialistas João Paço, e Hugo Estibeiro médico especialista em otorrinolaringologia - e numa videotoracoscopia - realizada por António Pinto Marques, coordenador de Cirurgia Torácica do hospitalcuf infante santo, e Fernando Martelo, médico especialista em cirurgia torácica.