Wednesday, September 30, 2009

Obama's ex-doctor: Insurers 'screwing it up'

President Obama's former personal physician of 22 years, Dr. David Scheiner, has been very vocal on the issue of health insurance, particularly with his criticism of commercial insurers and how he feels they are meddling with the doctor-patient relationship.

You've said in interviews that insurers are making it increasingly difficult for doctors to do their jobs. Can you give some examples? I'll give you two. I have a patient with bipolar disorder whose psychiatrist is no longer in her insurance company's panel. She is heartbroken that the insurance company won't pay to let her see the doctor. I have another patient with obvious sleep apnea. I ordered a sleep study on him. The insurance company knows he needs it but has made life miserable for him. They are making him wait to get their approval, hoping he won't bother with it. Insurance companies are making it more difficult for doctors to get preauthorization for treatments because they are hoping it will discourage people from getting expensive treatments. Insurers also tell us what hospitals we can admit patients to and what subspecialists we can refer our patients to. They are telling me how to do my job.

Tuesday, September 29, 2009

Recessions ‘could be good for your health’

Living through a recession or economic downturn may be good for your health, a study on life during the Great Depression has claimed. Despite many families worrying about paying the mortgage or losing their job, American researchers claim that in fact it allows us to enjoy life more as we are not working all the time and forces us to keep back on guilty pleasures.

They concluded that during hard times our health and well being improved because it forced people to cut back on indulgences such as drinking, smoking and eating rich foods while many were less stressful and could sleep more.

Monday, September 28, 2009

SNS: a descida evidente

Uma vez, há muitos anos, houve um estudo da Organização Mundial de Saúde que classificou o SNS em 12º lugar, no quadro de todos os sistemas de saúde avaliados por aquele organismo da ONU. Desde aí, os funcionários do SNS, acham sempre que o SNS é o 12º melhor do mundo. Esquecem-se as referidas pessoas, que o mundo evolui. Uns pela positiva, outros pela negativa.

Vejamos em que lugar é que está agora o SNS, num ranking a nível europeu: O sistema de saúde português está mal posicionado em comparação com outros países europeus - Portugal aparece em 25º lugar num ranking de 33 países europeus (A lista acaba de ser divulgada por um organismo que avalia a qualidade dos sistemas de saúde e que é apoiada pela Comissão Europeia).

É mau? Bem, poderia ser pior! Mas, avaliemos então mais informação:
  • O sistema com melhor classificação é o holandês, seguido da Dinamarca e da Islândia. O sistema português está no fim da tabela, apesar de ter subido uma posição.
  • No capítulo do “direito dos utentes à informação”, Portugal tem três insuficientes: no direito a uma segunda opinião médica, na consulta do seu processo clínico e no que respeita a informações sobre tratamentos além-fronteiras.
  • Quando se fala da utilização da internet para facilitar a vida dos utentes, Portugal só tem uma nota boa: é possível marcar consultas através da internet.
  • Quanto aos tempos de espera, por exemplo, o acesso ao médico de família no próprio dia, a nota é insuficiente, assim como o acesso a um médico de especialidade e as cirurgias programadas que demoram mais de três meses.
  • Mudando de capítulo e seguindo-se para os indicadores de saúde, nota positiva na redução da mortalidade infantil, mas os restantes indicadores são médios ou mesmo insuficientes, como por exemplo na taxa de mortalidade associada a ataques cardíacos.
  • O relatório mede também o alcance de alguns serviços em particular a taxa de mamografias, que é considera média ou o número de transplantes renais, onde Portugal aparece com nota positiva.
  • Por fim, acesso aos medicamentos: nota média no que respeita à comparticipação do Estado, e nota insuficiente no acesso a novos medicamentos para as doenças oncológicas.

O Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos refere a este mesmo propósito, isto: “É uma perspectiva de uma organização que olha para o sistema de saúde na perspectiva do cliente e é óbvio que o nosso sistema de saúde deixa a desejar. Em contrapartida o nosso sistema de saúde pode, com uma enorme eficácia do ponto de vista clínico, sendo aquele que menos gasta em termos de euros per capita”, refere.

Pois é, no SNS tudo funciona na óptica do funcionário, quer ele seja o Administrador, o Médico ou o Enfermeiro! Quanto ao doente, nem se sabe que ele existe.

As coisas vão mudar, e muito.

Sunday, September 27, 2009

Pourquoi les IVG ne baissent pas en France

Triste constat pour la Journée mondiale de la contraception ce samedi: en France, les avortements ne diminuent pas. Près d'une femme sur deux y a recours une fois dans sa vie.

"Il y a encore beaucoup d’efforts à faire en matière de contraception. Quoi qu’on dise, la sexualité reste un tabou. Les filles ne veulent pas en parler avec leurs parents. Elles sont souvent très ignorantes et démunies au moment des premières relations sexuelles."

Thursday, September 24, 2009

A insustentável leveza do ser

Mais um episódio da sinistra "novela" da cegueira de Santa Maria. Desta vez, a Entidade Reguladora da Saúde vem dizer que:
  • Entidade Reguladora da Saúde concluiu haver "procedimentos vulneráveis susceptíveis de conduzirem a erro humano" no serviço de oftalmologia do hospital.
  • A entidade indica que encontrou "práticas que deviam ser corrigidas".
  • "Não há mecanismos de controlo que permitam excluir a possibilidade de erro humano, que possa levar à troca acidental de fármacos" e "não são realizadas auditorias de rotina aos procedimentos para detecção de eventuais práticas menos adequadas", lê-se ainda no relatório.
  • A ERS acrescenta que o acesso ao bloco operatório de ambulatório do Serviço de Oftalmologia faz-se através de uma "área comum destinada a vestiário, de profissionais e de doentes, ao recobro e ao circuito de sujos e limpos, sendo, também, nesta área que circulam as marquesas operatórias".
  • Nas conclusões finais, o Conselho Directivo da ERS escreve que no Serviço de Oftalmologia do hospital se deve continuar a introduzir melhorias nos procedimentos relativos ao circuito do medicamento, "dotando-o de uma metodologia capaz de prevenir eficazmente a ocorrência de falhas passíveis de lesar a saúde dos utentes".

Tudo isto aconteceu aqui: A ERS sublinha que apesar do serviço de oftalmologia ser considerado uma «referência a nível nacional entre a comunidade médica, no que respeita ao nível dos padrões de qualidade e aos cuidados de saúde prestados, evidenciaram-se procedimentos vulneráveis no que respeita aos fluxos operacionais».

Entretanto, o Hospital de Santa Maria parece que quer chegar a acordo com as vítimas da cirurgia, através de uma Comissão de Acompanhamento! É preciso escrever algo mais?

Retrocessos?

Já não ouvíamos falar nisto há muitos anos: No domínio das doenças psiquiátricas, a equipa de Fernando Gomes, director do Serviço de Neurocirurgia dos Hospitais Universitários de Coimbra, foi a primeira (e a até agora a única no país) a avançar com esta abordagem, que implica a colocação de eléctrodos no cérebro para tratar obsessivos-compulsivos.

Não temos conhecimento suficiente sobre a matéria, mas estranhamos que aquilo que há uma década era considerado desumano, agora é adequado: “Os choques eléctricos (electroconvulsivoterapia) nunca foram abandonados em psiquiatria, sofreram é uma grande evolução e hoje apenas são usados em casos muito específicos, ao contrário do que sucedia no passado”, garante o presidente do colégio de psiquiatria da Ordem dos Médicos, Marques Teixeira.

O que estranhamos ainda mais, é isto: A electroconvulsivoterapia é actualmente feita com o consentimento informado do doente ou de familiares e com anestesia geral.

Agora, um doente mental pode ser fonte de credibilização de um tratamento, com base na assinatura de um qualquer documento? Como? Um doente mental digere e assina um documento que implica o seu tratamento?

Wednesday, September 23, 2009

A falta de visão e de senso

Os doentes objecto de uma cirurgia simples às vistas e que ficaram sem ver, continuam a ser alvo de tentativas de branqueamento de responsabilidade por parte das entidades estatais. Pior, tentam estas mesmas entidades, cobrir de responsabilidade os próprios doentes e familiares, vítimas de eventual incompetência/negligência por parte do hospital-referência do Estado, que é o Hospital de Santa Maria.

Em vez de se apurarem as responsabilidades e os responsáveis, não, opta-se por manobras de evasão da responsabilidade: A comissão de acompanhamento .....Diz que a solução que vier a recomendar terá de ser "equitativa" e "não deverá ser, em caso algum, propiciadora ou potenciadora de estratégias de litigiosidade susceptíveis de gerar comportamentos defensivos por parte dos profissionais de saúde".

Como? Apurar responsáveis é agora elemento gerador da chamada "medicina defensiva"? Estas pessoas não sabem o que fazem ou o que dizem, pois os cidadãos cada vez recorrem mais à Justiça (mesmo que esta seja lenta e ineficiente), como forma de tentarem ressarcir-se de comportamentos irresponsáveis de várias entidades da saúde, públicas ou privadas.

E a justificação que dão é risível: É que tais comportamentos poderiam, em última análise, "vir a ter efeitos perniciosos nos tratamentos que irão ser futuramente prestados a esses doentes". Eurico Reis, o juiz desembargador que preside à comissão, explicou ao PÚBLICO que o que se pretende é que a indemnização seja proporcional, de forma a evitar que os profissionais "fiquem mais preocupados em defenderem-se do que em tratar o doente".

Não o desejamos, mas haveria de ser curioso, se alguém relacionado com o referido juiz desembargador fosse vítima de negligência ou incúria num qualquer estabelecimento de saúde!

Um país suspeito

Portugal é suspeito. O Presidente da República parece que suspeita do Governo. O Governo suspeita que os cidadãos fujam ao Fisco. Os cidadãos suspeitam que a Justiça não funcione. Sinceramente, começamos a suspeitar que Portugal seja um país inviável.

Mais uma suspeita em curso: A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos suspeita que, nas farmácias hospitalares, haja medicamentos que estão a escapar ao controlo das autoridades.

E diz mais a Senhora Bastonária: «Não se consegue compreender como é que sendo a margem da comercialização dos medicamentos de 18,25 haja quem consiga dar margens de 30 por cento», questionou Elisabete Faria.

Chega-se até a este ponto: A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos considera que as farmácias nos hospitais só conseguem dar margens de 30 por cento às unidades se recorrerem a meios ilícitos, como venda de medicamentos contrafeiros, acusação que um dos visados classifica de "gravíssima".

Têm os cidadãos que mudar de país, ou o país mudar!

Monday, September 21, 2009

You Have No Idea What Health Costs

The average health-care coverage for the average family now costs $13,375, according to Kaiser. Over the past decade, premiums have increased by 138 percent. And if the trend continues, by 2019 the average family plan will cost $30,083.

About 160 million Americans receive health coverage through their employers. In general, the employer picks up 73 percent of the tab. This seems like a good deal. In reality, that money comes out of wages.

Another 80 million Americans are on public plans, mainly Medicare and Medicaid. Those costs are paid by taxpayers. And about 46 million Americans are uninsured.

That's the dilemma for Washington wonks trying to fix this mess: They look at the numbers and see health-care costs crushing our economy, overwhelming our government, swallowing our wages. But the public isn't feeling it. Virtually no one cuts a $13,375 check for health care. Most pay 27 percent of it, or even less. The surest way to cut health-care spending would be to make people shoulder more of the burden directly, as opposed to hiding it in taxes and lost wages. But that's about as popular as a puppy pot roast.

Sunday, September 20, 2009

Médicos desencadeiam a combustão do SNS

Sem médicos não há sistema de saúde. Sem enfermeiros ou farmacêuticos, também não, mas a importância mediática e funcional dos médicos é incontornável. Esta situação aplica-se a Portugal e aos EUA (aqui, os médicos são também uma parte determinante na discussão do "universal healthcare coverage" de Barack Obama).

A fuga de médicos do SNS para o sector privado é imparável:
  1. Os dois maiores hospitais, Luz e Arrábida, empregam "cerca de 800 médicos. Calculamos que 70% ([cerca de 560] dos que lá trabalham estão em exclusivo". As outras unidades da ESS, mais pequenas, têm metade dos médicos em exclusividade.
  2. Na José de Mello Saúde a situação repete-se. Em 2001, a Cuf Descobertas tinha apenas três médicos vinculados. "Hoje temos 62 em exclusivo", refere. No grupo trabalham já 110 médicos a tempo inteiro, correspondentes a 30% do total, segundo José Carlos Lopes Martins, administrador do grupo.
  3. Nos Hospitais Privados de Portugal (HPP), a relação é a mesma. "Já temos 800 médicos a trabalhar connosco, quando tínhamos cerca de 450 há ano e meio. A maioria continua a trabalhar noutro sítio, especialmente no SNS. Mas os casos de exclusividade são cada vez mais".

Nada que nos surpreenda. O que nos surpreende é que existam médicos que aceitam o SNS, onde têm "emprego", mas não têm capacidade de desenvolvimento de carreira. Naturalmente que o sector privado de saúde é mais exigente, e por isso mesmo, mais trabalhoso.

Curiosamente, quem dirige o sector privado da saúde refere que as condições monetárias não constituem o único atractivo para atrair bons profissionais:

  • "O salário não é nem de perto nem de longe o mais importante. Um médico raramente decide ficar connosco pela questão monetária", refere Isabel Vaz. Apesar de ser o factor habitualmente mais referido, Isabel Vaz enumera outros mais relevantes: "perguntam-nos quais os profissionais que lá trabalham, as condições do bloco, as tecnologias e equipamentos disponíveis, tipos de cirurgia que fazemos, se temos uma boa medicina interna e equipa de enfermagem", avança.
  • "Em cada uma das especialidades, a tecnologia disponível é a do estado da arte. Por vezes até temos equipamentos que não existem no público", diz Lopes Martins.

É importante estar atento às tendências de um mundo em mutação permanente.

Friday, September 18, 2009

Adensa-se o cenário escuro

Os gastos com a saúde crescem. A economia portuguesa estagnou há muito tempo. Por isto, não é de estranhar que a dívida vá por aí acima: A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica aponta aos hospitais que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS) uma dívida de 520,6 milhões de euros em Julho, depois de - fruto de uma injecção governamental de 940 milhões nos hospitais - a factura de Dezembro ter caído dos 831,8 milhões (valor de Novembro) para 406,5 milhões.

O próprio governo já não cumpre o que prometeu: Mais de metade da actual factura de 520 milhões (264,1 milhões de euros) acumula-se há mais de 90 dias, quando o Ministério da Saúde estabeleceu os três meses como o prazo aceitável para o pagamento dos medicamentos à indústria farmacêutica.

O que fazer perante tal cenário? Aguardar por dias negros, pois não acreditamos que a poderosa indústria farmacêutica não reaja, quer seja através de cancelamentos de fornecimento de novos medicamentos, quer seja através de renegociação de condições mais onerosas para os contribuintes.

Mas, o que fica pior de tudo isto, é que a entidade - o Estado - que deveria ser o exemplo para toda a sociedade continua a não cumprir o que promete fazer. Grave. Gravíssimo. Abre-se a porta para o não cumprimento generalizado dos prazos de pagamento na sociedade portuguesa.

Thursday, September 17, 2009

SNS em acentuada degradação III

A evidente falta de gestão:
  • Meia centena de dirigentes e delegados sindicais estão a manifestar-se junto à residência oficial do primeiro-ministro exigindo a integração dos trabalhadores do Ministério da Saúde em «situação precária» nos mapas de pessoal
  • A manifestação é organizada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública e os seus sindicatos filiados e visa representar os cerca de dez mil trabalhadores do Ministério da Saúde que se encontram «há muitos anos em situação de precariedade», segundo disse à Lusa a dirigente sindical Ana Amaral.
  • «Esta precariedade é muito injusta, pois estamos a falar de trabalhadores que há anos exercem as suas funções, nomeadamente auxiliares, administrativos e técnicos, sem que constem dos mapas de pessoal», adiantou Ana Amaral.

SNS em acentuada degradação II


O que se pretende com esta tomada de posição? Poderá qualquer colaborador de uma Instituição questionar e condicionar o modelo de organização dessa mesma Instituição?

Fonte: aqui.

Actual modelo do SNS em causa

Já se esperava há muito que o modelo de gestão e de financiamento do SNS viesse a ser colocado em causa. Os gastos com a saúde são imensos. O Estado não aguenta por muito tempo o fardo imenso da saúde, sobretudo numa fase de quebra económica acentuada, que leva a uma diminuição das receitas fiscais.

Que fazer? Privatizar? Enviar para outsourcing muitos serviços públicos? Esperar que o desgaste do serviço público de saúde leve muitos doentes para o sector privado? Racionalizar custos?

Correia de Campos optou pela última hipótese, tentando reduzir os custos com medicamentos e reduzindo também a estrutura hospitalar. Ganhou o Ministério da Saúde um adiamento do fim do SNS. Com Ana Jorge, insensível à questão económica do SNS, voltou-se ao business as usual. Ou seja, o SNS só sobreviverá com dignidade, se houver uma política permanente e eterna de contenção de gastos. Acontece que os imensos lobbies dentro do Ministério da Saúde não querem que se continue a cortar nos custos.

Chegámos ao ponto do "criador" do SNS já antever o seu fim: O criador do Serviço Nacional de Saúde teme que uma acção de direita no sentido da reestruturação do SNS leve à sua destruição e coloca nos ombros do PS uma missão de defesa face às teses de privatização.

Não é a acção de direita que vai levar ao fim do SNS, Dr. Arnaut. O que vai levar ao fim do SNS é um imenso papão de recursos que consome tudo. Portugal não gera riqueza para sustentar tal papão!

E, naturalmente, está muita gente à espera da oportunidade: sector privado (...) critica o Estado por manter doentes em lista de espera quando há vagas nas unidades fora do sistema público e com custos, em média, 10% menos elevados que no Serviço Nacional de Saúde (SNS). O Ministério estranha a chamada de atenção, pois garante que "os médicos têm em conta os tempos de espera clinicamente aceitáveis quando tratam um doente e reencaminham-no para outra unidade quando é necessário".

Tuesday, September 15, 2009

Gluten-free

The risks of gluten allergies have been underestimated, according to a study published Tuesday which found increased mortality rates among people with celiac disease. Celiac disease is triggered by exposure to gluten, a protein found in wheat, rye and barley. Found in about one percent of the Western population, it damages the small intestines and interferes with the absorption of nutrients from food.

Using data taken from biopsies taken between July 1969 and February 2008 in Sweden, researchers were able to examine the overall risk of death in individuals with celiac disease and digestive inflammation and compare it to the general population. They found the risk of death was "modestly increased."

"Until recently, gluten sensitivity has received little attention in the traditional medical literature, although there is increasing evidence for its presence in patients with various neurological disorders and psychiatric problems," Peter Green of Columbia University College of Physicians and Surgeons wrote in an accompanying editorial.

The risk of death was highest in the first year of follow-up but decreased with age at diagnosis, with risk being higher for those diagnosed before age 20.

Monday, September 14, 2009

Uma praga

Que mal fizemos nós, para ter que ouvir todos os dias notícias sobre a Gripe A. Não é que a pandemia (será que é?) seja de menosprezar. Convenhamos que até é bom que não se tenham confirmado (até agora) as terríficas premonições do Dr. Francisco George. Mas que raio, será que vamos ter a praga do Dr. George para o resto das nossas vidas?

Agora isto: Francisco George, admitiu esta segunda-feira que a gripe A pode causar mortes em Portugal e que a epidemia deve ainda prolongar-se por um ou dois anos.

O que é isto? É gestão de risco? É voodoo? É wishful thinking? É cartomancia? Ou será a versão lusa do Dr. House?

Sinceramente, esperemos que no fim (daqui por 2 meses ou 2 anos), todos digamos que graças ao Dr. George e à Dra. Ana fomos todos salvos!

Sunday, September 13, 2009

SNS: faltará muito para o seu fim?

Retratos da vida de um SNS:
  • Nos últimos anos, milhares de médicos têm saído dos serviços públicos. Mas ninguém sabe ao certo quantos. Nem a Ordem, nem o Ministério. Sabe-se que são muitos e que vão sobretudo para um sector privado em expansão e que oferecerá melhores condições de investigação e médicas.
  • A Lusa tentou apurar junto do Ministério da Saúde quantos médicos deixaram o SNS nos últimos tempos, mas essa contabilidade ainda não está feita. Segundo as contas de António Correia de Campos, ex-ministro da Saúde e antecessor da actual ministra, Ana Jorge, só no ano passado foram mais de mil os clínicos que deixaram o serviço público, metade dos quais directamente para o sector privado.
  • Sobre as medidas que a tutela conta levar a cabo para resolver a carência de médicos nos serviços públicos de saúde, fonte do gabinete de Ana Jorge remeteu o anúncio das mesmas para quando for «oportuno».
  • João, obstetra do Hospital S. Francisco Xavier, onde ajudou a nascer mais de mil crianças, já não acredita. Está desiludido. E decidiu que a sua vida «tem de mudar» e pediu a rescisão do Contrato de Provimento Administrativo que vem renovando há nove anos.
  • Sem hipóteses de progressão na carreira, a ganhar cerca de 2.000 euros mensais por 47 horas semanais, João tem assistido à saída massiva dos clínicos do seu serviço neste hospital, que inclusive encerrou as portas no final do mês passado por falta de profissionais.
  • Faltam médicos, os que restam estão desiludidos e reina a desarticulação entre as equipas, principalmente desde que as administrações compram serviços a médicos que ganham por hora muito mais que os profissionais dos hospitais.
  • O aumento dos tempos de espera dos pacientes - como acontece na Maternidade Alfredo da Costa, onde a falta de médicos tem vindo a agravar-se - é outra das consequências desta situação e objecto do crescimento de queixas das utentes, como disse à Lusa a directora do serviço de urgência desta instituição.

Para aumentar a confusão, chuta-se com a barriga:

  • o Ministério da Saúde revela que a Administração Central do Sistema de Saúde I.P. e os Serviços Médicos Cubanos concretizaram o protocolo que permite aos médicos deste país exercer no Serviço Nacional de Saúde português "durante três anos".

Enquanto outros vêem o seu pedestal ameaçado:

  • Os estudantes de medicina consideram que a "importação" de médicos estrangeiros, designadamente da América Latina, deve ter prazo limitado de três anos.

A propósito, seria interessante saber qual foi o formato contratual estabelecido entre o Ministério da Saúde de Portugal, e os Serviços Médicos de Cuba. Será que o referido contrato prevê o pagamento a cada médico cubano de apenas 15% do valor que o Estado de Portugal paga aos Serviços Médicos de Cuba? Se for verdade, não estaremos perante uma violação de direitos humanos?

Saturday, September 12, 2009

Thursday, September 10, 2009

Bulas terão letras maiores e serão específicas para pacientes e profissionais da saúde

Fonte: aqui.

A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada hoje (9) no Diário Oficial da União determina que todos os medicamentos deverão ter duas versões da bula, uma para o paciente e outra para os profissionais da saúde. A nova norma também determina o aumento do tamanho da letra e obriga os laboratórios a oferecerem modelos de bula para deficientes visuais.

"A bula do paciente terá uma linguagem mais didática”, afirmou Tatiana Lowande, gerente-geral de Medicamentos da Anvisa. As bulas também estarão disponíveis na internet, no bulário eletrônico da Anvisa. O subgerente de uma farmácia, em Brasília, Leonardo da Costa Romualdo, disse que, eventualmente, recebe reclamações de consumidores que não entendem a bula. “Acontece, em especial, porque a bula vem em uma linguagem técnica. Facilitaria também aumentar o tamanho”, afirmou.

Wednesday, September 09, 2009

O dinheiro a esgotar-se

Temos assistido, nos últimos anos, a uma barragem de informação governamental sobre o combate ao gasto com medicamentos. Incentivou-se o consumo de medicamentos genéricos. Reduziram-se as margens das farmácias e dos grossistas de medicamentos. Criaram-se múltiplos filtros administrativos para reduzir a factura de medicamentos.

Mas, por motivos ocultos, a despesa não pára de subir: O Estado subiu a sua comparticipação nos medicamentos vendidos nas farmácias para 8,3 por cento em Julho, face ao mesmo mês no ano passado, para 142 milhões de euros, segundo os dados do Infarmed.

E se compararmos o acumulado até Julho de 2009, face a período homólogo de 2008, a situação é preocupante: Nos primeiros sete meses do ano, as comparticipações de medicamentos vendidos aos doentes do Serviço Nacional de Saúde custaram ao Estado 892 milhões de euros, mais 3,6 por cento do que em período homólogo.

E estranhamente, a grande aposta nos medicamentos genéricos começa a falhar: O Estado subiu a sua comparticipação nos medicamentos vendidos nas farmácias para 8,3 por cento em Julho, face ao mesmo mês no ano passado, para 142 milhões de euros, segundo os dados do Infarmed.

O que dirá agora, lá de Estrasburgo, o Prof. Correia de Campos, grande mentor da "reforma" nos medicamentos?

Monday, September 07, 2009

Sinais evidentes de decadência do SNS

Vamos ouvindo que o SNS é uma referência internacional. Vamos ouvindo que os recursos humanos que estão no SNS são dos melhores do mundo. Vamos ouvindo que o SNS tem uma qualidade de infraestruturas relevante. Mas, afinal no SNS existe isto: quando o calor aperta em Lisboa, investigadores e técnicos de alguns laboratórios do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) trabalham sob temperaturas que por vezes ultrapassam os 35 graus, a transpirar debaixo de batas, luvas e máscaras.

Mas, ainda há mais: Há arcas frigoríficas que descongelam e equipamentos de diagnóstico que frequentemente dão erro por excesso de temperatura. O problema é denunciado por investigadores e técnicos do departamento de doenças infecciosas do Insa, cansados de reclamar uma solução para a situação que alegam poder pôr em causa a qualidade e fiabilidade dos resultados das análises.

Para afundar mais a situação: O Conselho Directivo do Insa desdramatiza a situação e garante que a qualidade dos resultados das análises não está em causa. Numa primeira resposta enviada por escrito ao PÚBLICO, sublinha que as actividades laboratoriais decorrem sem nenhum problema e reconhece tão-só que ocorreu "um episódio isolado, num dos poucos dias de pico de calor em Lisboa, que apenas levou à repetição dos resultados que estavam a ser efectuados".

Apesar disto acontecer: Pedindo o anonimato por temerem retaliações do Conselho Directivo (CD) do Insa, os funcionários dizem que têm denunciado internamente o problema e reclamado a colocação de vulgares aparelhos de ar condicionado nos laboratórios, sem sucesso. Sucessivas queixas foram feitas ao longo dos anos, este Verão houve mesmo quem ameaçasse parar com a actividade, mas nada surtiu efeito imediato. Uma solução foi prometida para 2010.

Este é o preço de Portugal não ter Ministro da Saúde, mas antes ter uma Ministra da Gripe A.

Sunday, September 06, 2009

Hospital de Braga III

O Hospital de Braga arrancou. Isto é, a José de Mello Saúde começou a gestão do antigo Hospital de São Marcos, a que sucederá o novo Hospital de Braga, em construção.

O que é curioso no caso do futuro-actual Hospital de Braga é isto: A presidir ao novo conselho de administração do São Marcos está Rui Raposo, que era até ao final do ano passado presidente da administração do hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), unidade que estava sob a gestão privada da José de Mello Saúde mas que passou a uma gestão pública por decisão do actual Governo.

Parece que a José de Mello Saúde é incompetente para gerir o Hospital Fernando da Fonseca (ou Hospital Amadora-Sintra), mas já é competente para gerir o Hospital de São Marcos, futuro Hospital de Braga!

Admiramos o Grupo Mello desde as suas origens, de Alfredo da Silva, no Barreiro. A lendária CUF, José Manuel de Mello, Jorge de Mello, são parte da história da gestão empresarial em Portugal, por muito que isso custe a muita gente. Contudo, José Sócrates achou que o Ministério da Saúde não tinha competência para gerir o contrato de gestão da Parceria Público - Privada, no Hospital Amadora Sintra. Esse mesmo Ministério parece que já tem capacidade para gerir uma parceria em tudo idêntica no Hospital de Braga. Tudo isto num espaço de meses e com o mesmo Governo!

Rosas, Senhor, eram rosas, dizia a Rainha Santa!

Wednesday, September 02, 2009

Falta de vergonha II

Fonte: aqui.

A Ordem dos Médicos (OM) está a investigar várias despesas de viagens efectuadas pelo bastonário Pedro Nunes a Madrid na qualidade de conselheiro de uma seguradora. Uma comissão de inquérito foi nomeada para tentar perceber se o bastonário debitou ou não uma série de facturas à OM enquanto recebia, em simultâneo, ajudas de custo da Agrupación Mutual Aseguradora (AMA). É mentira, garantiu ao PÚBLICO o bastonário, contrapondo que está a ser alvo de uma "miserável tentativa de difamação com cumplicidades internas". Pedro Nunes admite apenas a existência de "um erro" em relação às facturas de "uma viagem, eventualmente duas", num conjunto superior a meia centena de deslocações que fez a Madrid como conselheiro da AMA, a mutualista responsável pelo seguro de responsabilidade civil dos médicos portugueses, subscrito pela OM. A confusão começou depois de uma fonte anónima ter feito chegar em Agosto à Secção Regional do Centro (SRC) da OM facturas e extractos bancários com o registo de despesas de transporte, alojamento e refeições relativas a oito deslocações de Pedro Nunes a Madrid. Confrontado com os documentos, o bastonário interrompeu as férias e convocou uma reunião do Conselho Nacional de Executivo (CNE), em 20 de Agosto. No encontro passou um cheque em branco e pediu que fosse feita uma investigação à contabilidade da OM para se poder avaliar a extensão dos erros.

Tuesday, September 01, 2009

SNS: a falácia dos números

Embora a natureza dos números seja mais clara do que a leveza das palavras, sabemos que a contabilidade não é uma ciência, mas antes uma arte. Não é invulgar ouvirmos falar de engenharia financeira ou de contabilidade criativa. No SNS, tal como em Wall Street, os números são trabalhados conforme as conveniências de serviço. Contudo, este tipo de criatividade nas contas tem limites, e um dia, rebenta!

Tudo isto a propósito da apresentação das Contas do SNS, relativas ao 1º semestre de 2009. Vejamos a situação resumida do que vem aqui:
  • Total da receita do SNS: 4.217 milhões de euros (+1,3% do que em igual período de 2008).
  • Total da despesa do SNS: 4.176 milhões de euros (+1,7% do que em igual período de 2008).
  • Saldo do SNS: 40,5 milhões de euros (-27% do que em igual período de 2008).

É este resultado espantoso? Não. O que nos espanta é a forma "crua" como os contabilistas do Ministério da Saúde transmitem este tipo de variações: 1) as despesas com pessoal decresceram em 2009, 23% face a 2008; 2) os subcontratos cresceram em 2009, 9,2% face a 2008.

Não é de estranhar que as despesas com pessoal tenham decréscimos de dois dígitos? Pois, tira-se daqui, para pôr acolá! O que se pretende com estes jogos? Manipulação, ou se quisermos, mera criatividade financeira! Pois.

Mas, se quisermos analisar as contas das ARS's ou dos Hospitais SPA, encontramos, mais e múltiplos artifícios. Assim não vamos lá, a tentar mascarar coisas. É que, quando ouvimos o Senhor Primeiro Ministro ou a Senhora Ministra da Saúde a falar em grandes investimentos públicos na saúde, e depois verificamos que a rubrica de Imobilizações constantes nas Contas do SNS, para o 1º semestre de 2009, foi de 23,2 milhões de euros investidos, achamos que há algo de inconsistente. Isto, nem para uma ala de um velho Hospital chega!

São rosas, meu Senhor, dizia a Rainha Santa!